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Após Brexit, Reino Unido volta a comprar pescado do Brasil
Das 29.669 toneladas de pescado exportadas pelo Brasil neste primeiro semestre do ano, chama atenção a volta do Reino Unido entre os principais destinos da produção brasileira. De acordo com o Painel do Pescado, o país comprou cerca de 538 toneladas de pescado do Brasil de janeiro a junho de 2023.
Pelo volume, os britânicos desembolsaram cerca de US$ 615 mil dólares. O produto brasileiro foi comercializado a um preço médio de US$ 1.142 por tonelada.
Do volume exportado ao Reino Unido, Cavalinhas e Corvinas foram as espécies mais vendidas, totalizando 409 toneladas e 125 toneladas, respectivamente.
Já estado de Santa Catarina foi o grande exportador nacional enviando 533 toneladas de pescado aos britânicos neste primeiro semestre de 2023.
Segundo Abraão Oliveira, da JubartData, essa compra de pescado brasileiro pelos britânicos é consequência de fatores como a grande demanda por peixes servidos em larga escala para a produção do fish and chips, da guerra entre Ucrânia e Rússia e de boas pescarias no Sul do Brasil.
“Nos últimos anos, aconteceu que o segmento deste tipo de serviço de alimentação fora do lar do Reino Unido ficou muito comprometido. Se falava no fechamento de 6 mil restaurantes e então eles precisavam buscar novas alternativas de oferecer um produto de baixo valor comercial que pudesse ser em larga escala e, provavelmente, aliado a uma safra de cavalinha e corvina muito forte em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul”, conta.
Reestruturação no pós-Brexit
Após quatro anos de turbulência política causada pelo referendo do Brexit, muitas coisas mudaram nas vidas dos britânicos após o Reino Unido deixar a União Europeia, em 2020. Como destaca a BBC, o Brexit prevê, entre outras mudanças, o fim da livre circulação de pessoas, a imposição de controles aduaneiros e a limitação de serviços que antes fluíam de um lado para o outro sem grandes restrições.
Enquanto isso no mercado interno, a Seafood Source conta que o governo do Reino Unido anunciou recentemente novos planos de gestão pesqueira no pós-Brexit.
De acordo com o Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais do Reino Unido (Defra), as últimas reformas, divulgadas em 17 de julho de 2023, permitirão que a indústria aproveite as oportunidades existentes fora da União Europeia. Tais medidas envolveram a introdução de um “sistema de gestão pesqueira de classe mundial” que se baseie na melhor ciência disponível e na experiência dos pescadores do Reino Unido para garantir que os estoques de peixes permaneçam saudáveis e sustentáveis.
Como pontua o veículo, o objetivo é ajudar a indústria com os problemas trabalhistas, a burocracia logística e as disputas com a UE.
Em relação aos direitos de pesca após a saída do Reino Unido da UE, o novo sistema contará com planos de gerenciamento de pesca (FMPs), que a Defra disse serem essencialmente modelos de como gerenciar melhor os estoques de peixes.
A Defra publicou os seis primeiros planos, que incluem estratégias para diversas espécies de pescado, entre elas caranguejo, lagosta, vieiras e robalo.
Desenvolvidos ao longo de 18 meses, o objetivo dos FMPs é cumprir os compromissos originalmente codificados na Lei de Pesca do Reino Unido, de 2020. Eles incluem medidas que protegem os estoques, como fechamentos sazonais ou a implementação de estudos científicos e abordagens de longo prazo que fazem referência a evidências científicas atualizadas. A publicação destaca que as autoridades do Reino Unido pretendem eventualmente apresentar 43 FMPs.
A estratégia recém-anunciada também descreve o apoio a pequenas embarcações (com menos de 10 metros), removendo um limite de cotas e abrindo mais receita potencial para empresas menores.
Mais de 400 dessas embarcações na Inglaterra estão atualmente sujeitas a um limite de 350 quilos em relação à quantidade de peixes que podem transportar anualmente. A Defra pretende remover permanentemente o limite a partir de 1º de janeiro de 2024.
Por Seafood Brasil
Foto: Divulgação
Pelo volume, os britânicos desembolsaram cerca de US$ 615 mil dólares. O produto brasileiro foi comercializado a um preço médio de US$ 1.142 por tonelada.
Do volume exportado ao Reino Unido, Cavalinhas e Corvinas foram as espécies mais vendidas, totalizando 409 toneladas e 125 toneladas, respectivamente.
Já estado de Santa Catarina foi o grande exportador nacional enviando 533 toneladas de pescado aos britânicos neste primeiro semestre de 2023.
Segundo Abraão Oliveira, da JubartData, essa compra de pescado brasileiro pelos britânicos é consequência de fatores como a grande demanda por peixes servidos em larga escala para a produção do fish and chips, da guerra entre Ucrânia e Rússia e de boas pescarias no Sul do Brasil.
“Nos últimos anos, aconteceu que o segmento deste tipo de serviço de alimentação fora do lar do Reino Unido ficou muito comprometido. Se falava no fechamento de 6 mil restaurantes e então eles precisavam buscar novas alternativas de oferecer um produto de baixo valor comercial que pudesse ser em larga escala e, provavelmente, aliado a uma safra de cavalinha e corvina muito forte em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul”, conta.
Reestruturação no pós-Brexit
Após quatro anos de turbulência política causada pelo referendo do Brexit, muitas coisas mudaram nas vidas dos britânicos após o Reino Unido deixar a União Europeia, em 2020. Como destaca a BBC, o Brexit prevê, entre outras mudanças, o fim da livre circulação de pessoas, a imposição de controles aduaneiros e a limitação de serviços que antes fluíam de um lado para o outro sem grandes restrições.
Enquanto isso no mercado interno, a Seafood Source conta que o governo do Reino Unido anunciou recentemente novos planos de gestão pesqueira no pós-Brexit.
De acordo com o Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais do Reino Unido (Defra), as últimas reformas, divulgadas em 17 de julho de 2023, permitirão que a indústria aproveite as oportunidades existentes fora da União Europeia. Tais medidas envolveram a introdução de um “sistema de gestão pesqueira de classe mundial” que se baseie na melhor ciência disponível e na experiência dos pescadores do Reino Unido para garantir que os estoques de peixes permaneçam saudáveis e sustentáveis.
Como pontua o veículo, o objetivo é ajudar a indústria com os problemas trabalhistas, a burocracia logística e as disputas com a UE.
Em relação aos direitos de pesca após a saída do Reino Unido da UE, o novo sistema contará com planos de gerenciamento de pesca (FMPs), que a Defra disse serem essencialmente modelos de como gerenciar melhor os estoques de peixes.
A Defra publicou os seis primeiros planos, que incluem estratégias para diversas espécies de pescado, entre elas caranguejo, lagosta, vieiras e robalo.
Desenvolvidos ao longo de 18 meses, o objetivo dos FMPs é cumprir os compromissos originalmente codificados na Lei de Pesca do Reino Unido, de 2020. Eles incluem medidas que protegem os estoques, como fechamentos sazonais ou a implementação de estudos científicos e abordagens de longo prazo que fazem referência a evidências científicas atualizadas. A publicação destaca que as autoridades do Reino Unido pretendem eventualmente apresentar 43 FMPs.
A estratégia recém-anunciada também descreve o apoio a pequenas embarcações (com menos de 10 metros), removendo um limite de cotas e abrindo mais receita potencial para empresas menores.
Mais de 400 dessas embarcações na Inglaterra estão atualmente sujeitas a um limite de 350 quilos em relação à quantidade de peixes que podem transportar anualmente. A Defra pretende remover permanentemente o limite a partir de 1º de janeiro de 2024.
Por Seafood Brasil
Foto: Divulgação