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Aquicultura de lagosta à vista!


As lagostas são um alimento de alto valor  comercial e por isso, sempre fizeram brilhar os olhos dos aquicultores. O Brasil é um dos maiores produtores de lagosta do mundo, contudo, elas são provenientes de captura e não de cultivos.
 
Crescimento lento e dificuldades no ciclo larval são alguns fatores a serem batidos para o desenvolvimento em escala comercial do cultivo de lagosta.
 
Contudo, quem está dando um grande passo no desenvolvimento dessa atividade é a Universidade da Tasmânia, na Austrália. Com investimentos vindos através de uma doação do Australian Research Council, no valor de 5 milhões de dólares, o novo Centro de Pesquisas montado visa estabelecer a primeira indústria de aquicultura sustentável de lagosta em terra, do mundo, com foco na produção comercial, sustentável e socialmente responsável, desde a larvicultura até o mercado.
 
“Através deste Centro de Pesquisa, estamos construindo o conhecimento necessário para estabelecer a primeira indústria de aquicultura sustentável de lagosta em terra do mundo, com nossos resultados de pesquisa direcionados a posicionar a Austrália na vanguarda da aquicultura de lagosta em terra”, disse o líder do Centro de Pesquisa, Professor Greg Smith.
 
“Trata-se de fornecer soluções alternativas para a cultura da lagosta em sistemas onshore biosseguros e econômicos, com uma oportunidade de transferência de tecnologia para outros setores da aquicultura”.
 
O Centro de Pesquisa aproveitará a experiência de um grupo diversificado de pesquisadores, equipe técnica e parceiros da indústria, usando pesquisas de ponta, instalações comerciais e manufatura avançada.
 
“O projeto proporcionará avanços nas práticas tradicionais de aquicultura de lagosta que apoiarão o estabelecimento de uma nova indústria. Os resultados da pesquisa estarão intimamente ligados ao sucesso comercial ao vincular a sustentabilidade e os avanços tecnológicos ao desenvolvimento de uma indústria de exportação de lagosta diferenciada e bem-sucedida para a Austrália”, disse o professor Greg Smith.
 
Entre as espécies de trabalho do grupo estão a lagosta tropical (Panulirus ornatos) e a lagosta da baía (Thenus australiensis).
 
O novo Centro de Pesquisa terá como base os trabalhos anteriores desenvolvidos pelo grupo e que foram concluídos em 2019, onde foi possível fechar o ciclo de vida e desenvolver sistemas de produção exclusivos para a produção em massa das formas larvais”, disse o professor Greg Smith.
Por Aquaculture Brasil
Foto: Divulgação