Receitas
Cadastro Positivo pode resultar em mais recursos no crédito rural
A Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), entidade que representa as empresas SPC Brasil, Serasa, Boa Vista e Quod, fez um levantamento sobre o acesso ao crédito rural no Brasil. O estudo mostra que são poucas as opções de crédito não controlado, aquele viabilizado pela iniciativa privada, e um dos motivos é a “invisibilidade” de integrantes do agronegócio no sistema bancário.
O presidente da ANBC, Elias Sfeir, diz que as áreas de insumos, cooperativas, revendas e o próprio agricultor, muitas vezes, não passam por este sistema, porque atualmente a nota de crédito se resume apenas a ser negativado ou não. Mas isso pode mudar com a chegada do Cadastro Positivo, uma iniciativa que reúne informações sobre como têm sido pagos os compromissos relacionados à contratação de crédito – empréstimos, financiamentos e crediários.
Desta forma, o histórico de pagamentos relacionados a contas de consumo (como água, luz, gás e telefone) também poderão ser avaliados pelo mercado a fim de obter melhor análise de risco na hora de conceder ou estender o crédito.
“Uma vez que a concessão está muito ligada à garantia, e o Cadastro foi criado justamente para avaliar o perfil do consumidor, mesmo quem é negativado poderá ter acesso a empréstimo”, explica Sfeir ao projetar que a inclusão de novos nomes no sistema crediário brasileiro pode representar acréscimo de R$ 82 bilhões no saldo do crédito rural nos próximos 10 anos.
Demonstrativo do impacto do Cadastro Positivo no saldo do crédito rural por estado (Foto: Reprodução/ANBC)
“O produtor vai começar a ser mais visível. Hoje, cerca de 25% da população não é bancarizada, mas com o Cadastro Positivo, o históricos bancário, de telecomunicações e utilidades vão fornecer informações sobre a pessoa pagadora e isso vai fazer com que ela seja percebida ao sistema bancário”, diz Sfeir.
A nota de crédito vai de 0 a 1000 e, segundo o presidente da ANBC, quanto maior a nota, maior as condições de empréstimo. Qualquer instituição que conceda crédito poderá solicitar informações sobre terceiros. Neste sentido, Sfeir dá o exemplo de que quando o produtor for negociar em uma cooperativa, esta poderá acessar a nota e se certificar do comportamento perante aos bureaus de crédito.
"A nota é um passaporte para se identificar e, inclusive, negociar crédito entre os bancos. Isso empodera"
Elias Sfeir, presidente da ANBC
“Com essa informação, a relação de confiança também fica mais sólida. Para consultar essa nota, basta ir a qualquer bureau. A nota é um passaporte para se identificar e, inclusive, negociar crédito entre os bancos. Isso empodera”, ele diz.
Segundo o levantamento da ANBC, o risco de inadimplência diminuirá entre 40% e 45% com a implementação do Cadastro Positivo, o que tem relação direta com a projeção de aumento de R$ 74 bilhões no Plano Safra em relação ao plano atual. “Com isso, você não apenas acelera o crédito, mas cria novos formatos. Isso se torna um ciclo vicioso benéfico. Inclusive para o pequeno e médio produtor, que às vezes não atendem ao requisito mínimo para conseguir crédito convencional”, afirma Sfeir.
Sfeir ainda lembra que o acesso ao empréstimo impacta todo o ambiente em que a produção agrícola está envolvida. “O oferecimento de crédito, feito por empresas simples de crédito ou até mesmo pelas fintechs, graças à possibilidade de acessar o comportamento do pagador, também estimula o microcrédito e movimenta a economia regional”, ele explica.
O presidente da ANBC, Elias Sfeir, diz que as áreas de insumos, cooperativas, revendas e o próprio agricultor, muitas vezes, não passam por este sistema, porque atualmente a nota de crédito se resume apenas a ser negativado ou não. Mas isso pode mudar com a chegada do Cadastro Positivo, uma iniciativa que reúne informações sobre como têm sido pagos os compromissos relacionados à contratação de crédito – empréstimos, financiamentos e crediários.
Desta forma, o histórico de pagamentos relacionados a contas de consumo (como água, luz, gás e telefone) também poderão ser avaliados pelo mercado a fim de obter melhor análise de risco na hora de conceder ou estender o crédito.
“Uma vez que a concessão está muito ligada à garantia, e o Cadastro foi criado justamente para avaliar o perfil do consumidor, mesmo quem é negativado poderá ter acesso a empréstimo”, explica Sfeir ao projetar que a inclusão de novos nomes no sistema crediário brasileiro pode representar acréscimo de R$ 82 bilhões no saldo do crédito rural nos próximos 10 anos.
Demonstrativo do impacto do Cadastro Positivo no saldo do crédito rural por estado (Foto: Reprodução/ANBC)
“O produtor vai começar a ser mais visível. Hoje, cerca de 25% da população não é bancarizada, mas com o Cadastro Positivo, o históricos bancário, de telecomunicações e utilidades vão fornecer informações sobre a pessoa pagadora e isso vai fazer com que ela seja percebida ao sistema bancário”, diz Sfeir.
A nota de crédito vai de 0 a 1000 e, segundo o presidente da ANBC, quanto maior a nota, maior as condições de empréstimo. Qualquer instituição que conceda crédito poderá solicitar informações sobre terceiros. Neste sentido, Sfeir dá o exemplo de que quando o produtor for negociar em uma cooperativa, esta poderá acessar a nota e se certificar do comportamento perante aos bureaus de crédito.
"A nota é um passaporte para se identificar e, inclusive, negociar crédito entre os bancos. Isso empodera"
Elias Sfeir, presidente da ANBC
“Com essa informação, a relação de confiança também fica mais sólida. Para consultar essa nota, basta ir a qualquer bureau. A nota é um passaporte para se identificar e, inclusive, negociar crédito entre os bancos. Isso empodera”, ele diz.
Segundo o levantamento da ANBC, o risco de inadimplência diminuirá entre 40% e 45% com a implementação do Cadastro Positivo, o que tem relação direta com a projeção de aumento de R$ 74 bilhões no Plano Safra em relação ao plano atual. “Com isso, você não apenas acelera o crédito, mas cria novos formatos. Isso se torna um ciclo vicioso benéfico. Inclusive para o pequeno e médio produtor, que às vezes não atendem ao requisito mínimo para conseguir crédito convencional”, afirma Sfeir.
Sfeir ainda lembra que o acesso ao empréstimo impacta todo o ambiente em que a produção agrícola está envolvida. “O oferecimento de crédito, feito por empresas simples de crédito ou até mesmo pelas fintechs, graças à possibilidade de acessar o comportamento do pagador, também estimula o microcrédito e movimenta a economia regional”, ele explica.