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​Cavalo-marinho


Você já ouviu falar de cavalos-marinhos? Esses animais com cara de cavalo são, na realidade, peixes. Estima-se que existam mais ou menos 40 espécies de cavalos-marinhos, todas pertencentes ao gênero Hippocampus, com diversas cores e formatos variados. No Brasil, existem apenas duas espécies: Hippocampus reidi e Hippocampus erectus.
 
Os cavalos-marinhos são peixes ósseos encontrados normalmente em águas rasas. Apresentam tamanho variado, sendo que algumas espécies atingem cerca de 30 centímetros e outras apresentam apenas 13 milímetros de comprimento. Eles são excelentes em camuflagem e são capazes de mudar de cor.
 
Esses peixes movem-se devagar na água e, para não serem levados pela correnteza, enroscam a cauda em algumas plantas aquáticas, corais ou algas. Suas nadadeiras são bem pequenas e quase transparentes. Seus olhos movem-se independentemente, assim como os dos camaleões. Os cavalos-marinhos alimentam-se de pequenas larvas de camarões, moluscos e outros pequenos animais, como as pulgas-da-praia. Para capturar sua presa, eles sugam a água.
 
Uma das características mais curiosas desses peixes diz respeito à reprodução. Nesses animais, a fecundação é interna e o desenvolvimento do filhote ocorre no interior do corpo do macho. Como os peixes não possuem útero, o filhote cresce em uma cavidade que recebe o nome de cavidade ovariana ou folicular, que fornece nutrientes e gases aos ovos. O período gestacional varia, durando em média dois meses.
 
O cavalo-marinho origina aproximadamente 300 filhotes. Depois que nascem, os pequenos cavalos-marinhos – com apenas 2 milímetros – não dependem mais do seu pai. Apesar da grande quantidade de animais nascidos, apenas uma pequena parcela sobrevive até a fase adulta, pois são frequentemente comidos por peixes maiores.
 
Os cavalos-marinhos são animais ameaçados de extinção, principalmente em decorrência da pesca predatória e da destruição do local onde vivem. Esses graciosos bichinhos são frequentemente capturados para servirem de peça decorativa ou para serem colocados em aquários.
 
 
Por Ma. Vanessa dos Santos
Foto: Divulgação