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Estudo mostra ação da aquicultura restaurativa na vida marinha


A University of New England,em parceria com a The Nature Conservancy (TNC), uma organização conservacionista, produziu um novo estudo que fornece fortes evidências de que a criação de moluscos e algas marinhas são um componente importante para a produção regenerativa de alimentos.
 
O abrangente estudo foi publicado na Reviews in Aquaculture em um momento em que muitas notícias da produção de alimentos se concentram em seus impactos negativos sobre o meio ambiente.
 
O estudo, intitulado “Valor do habitat do marisco bivalve e da aquicultura de algas marinhas para peixes e invertebrados: caminhos, síntese e próximas etapas”, pinta um quadro brilhante do potencial da aquicultura para ajudar a satisfazer a demanda alimentar em harmonia com a saúde do oceano. 
 
A cultura restauradora de moluscos e algas marinhas oferece um método sustentável para atender às necessidades nutricionais da crescente população humana, enquanto mantém e melhora a saúde das águas, terras e animais com os quais vivemos. Este estudo está entre os primeiros a demonstrar o potencial global para resultados regenerativos em sistemas de aquicultura. 
 
“Este estudo é uma virada de jogo na medida em que mostra claramente uma oportunidade através da aquicultura de moluscos e algas marinhas. Pela primeira vez, podemos colocar números globais quantificáveis ​​sobre os benefícios que essas fazendas podem ter sobre a vida selvagem marinha”, disse Robert Jones, Líder Global de Aquicultura da The Nature Conservancy.
 
Defesa em forma de recifes
 
A BBC conta como recifes incrustados de ostras podem ser uma defesa contra o aumento do nível do mar na ilha de Kutubdia, em Bangladesh, como observado pelo pesquisador Mohammed Shah Nawaz Chowdhury, que testemunhou a mudança provocada pelas mudanças climáticas.
 
Localizada perto do litoral sul de Bangladesh, a ilha está sendo rapidamente erodida pelo mar. Muitos habitantes fizeram as malas e se mudaram. Os que não conseguiram fazer isso, foram gradualmente se afastando da costa. Segundo estimativas, em 2050, até 13,3 milhões de moradores de Bangladesh poderão ser forçados a se deslocar por causa disso.
 
Mas um lampejo de esperança pode ser visto entre as ondas, perto da costa da ilha de Kutubdia. Pouco acima do nível da água, recifes incrustados de ostras brilham ao sol. A ideia surgiu em 2012, quando Chowdhury era um pesquisador do Instituto de Ciências Marinhas da Universidade de Chittagong. A premissa era simples: isso poderia aplacar as ondas antes que elas atingissem a costa, reduzindo a erosão.
 
Os primeiros 300 kg de anéis foram para a água em um local de teste em 2014. Os moradores também ajudaram a selecionar os melhores locais para os anéis a serem instalados dois anos depois, quando foram transportados para seu destino final em 2016.
Por Seafood Brasil
Foto: Divulgação