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Foodservice no Brasil: panorama e perspectivas para 2024


Os últimos anos não foram nada fáceis para toda a cadeia do foodservice brasileiro, que engloba restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, dentre outros. A crise sanitária e econômica, incertezas, guerra na Ucrânia e eleições foram alguns dos acontecimentos que influenciaram de alguma forma em nosso setor. Apesar de um longo e tenebroso cenário de instabilidade, o segmento provou sua resiliência e caminha rumo à recuperação gradual atrelada à retomada da economia.
 
Após a fase crítica da pandemia, que fez muitos negócios fecharem as portas e o número de desempregados ultrapassar os 15 milhões no primeiro trimestre de 2021, segundo o IBGE, em 2022, ainda enfrentamos um aumento expressivo da inflação nos alimentos, o que foi contido pelos restaurantes, que não repassaram integralmente a alta ao consumidor.
 
Esse processo, no entanto, acabou achatando as margens de lucro de um segmento que ainda estava lidando com as consequências e os custos de uma ocasião que impactou o mundo todo, carregando um expressivo passivo tributário e bancário.
 
Ou seja, o ano de 2023 marca um momento em que é preciso encontrar o equilíbrio financeiro dos negócios para atenuar os danos causados pelos tempos difíceis enfrentados pelo setor que mais emprega no Brasil.
 
A última edição da pesquisa sobre a visão dos operadores de foodservice, realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), Galunion (consultoria especializada no mercado foodservice) e Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) com 454 entrevistados que representam 9.239 pontos de vendas, já mostra esse progresso: o faturamento no primeiro semestre de 2023 foi superior ao de 2022 para 58% dos respondentes; 32% tiveram receita igual a um ano atrás; e 10% registraram faturamento inferior.
Por  Fernando Blower, diretor-executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR) para o Anuário Seafood Brasil #50
Foto: Divulgação