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​Orcas não atacam barcos, mas se incomodam com a poluição sonora por nós introduzida nos oceanos


Este escriba já navegou ao lado delas, na Antártica, sem qualquer problema, ao contrário, muitas vezes os belos animais se aproximam demonstrando curiosidade, jamais agressividade.
Mas este comportamento, aparentemente, estaria mudando? Fomos atrás de especialistas. Conversamos com o professor do Instituto Oceanográfico da USP, Marcos Cesar de Oliveira Santos, especializado nestes predadores do topo da cadeia.
 
Marcos explicou que “estes animais altamente evoluídos podem ter se irritado com o barulho das sondas dos barcos,” e contou que no vídeo do encontro no litoral baiano é possível ouvir algum tripulante dizendo, ‘elas estão indo em cima do transmissor’ (possivelmente da sonda de bordo).
Predadores do topo da cadeia
E ele contou muito mais. Falou sobre a importância, para o ambiente marinho, dos predadores do topo da cadeia. Para Marcos, “as orcas são sociedades matriarcais com comportamentos distintos entre grupos e mesmo gerações.” E completou: “nós primatas é que não conseguimos entender.”
O professor explica os malefícios de apelidos sem sentido, como ‘baleias assassinas’, e mostra que o animal é altamente sociável, e desenvolvido.
 
Só um tipo de animal tão desenvolvido é capaz de inventar técnicas de caça em grupo que fazem o deleite de quem visita a Antártica, ou de caça solitária em certas praias do sul da Argentina. E sempre ensinando aos filhotes as técnicas que passam de geração após geração.
Por João Lara Mesquita – Mar sem fim
Foto: Divulgação