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Países da América do Sul trocam experiência sobre produção de pescado


Na última sexta-feira (17), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) promoveu o webinar “Consumo de pescado na América do Sul ‐ Perspectivas para aumentar sua contribuição na nutrição das pessoas”. O evento contou com a presença do vice-ministro de Pesca e Aquicultura do Peru, Mario Jesús Cavero, autoridades da FAO, governos e pesquisadores.
 
 
No evento foram compartilhadas experiências dos países na tentativa de estimular o crescimento do consumo de pescados. No Brasil, por exemplo, a produção aquícola apresenta um aumento constante de 3% a 7% ao ano, desde 2013. A piscicultura cresce em média 7% ao ano e gera mais de um milhão de empregos diretos.
 
Este ano as Nações Unidas celebram o Ano Internacional da Pesca e da Aquicultura Artesanais e a FAO é o principal organismo impulsionador da data.
 
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o consumo per capita de pescado na América Latina e no Caribe é de 10,5 quilos por habitante (dados de 2017).
 
Embora alguns países estejam acima da média – como Peru (25,1 Kg) e Chile (12 Kg) – há muito espaço para aumentar o consumo de pescado e contribuir para a segurança alimentar, a erradicação da pobreza e o uso sustentável dos recursos naturais. “A pesca artesanal fornece até 85% do pescado consumido em alguns países da região e constitui a principal fonte de proteína animal para centenas de comunidades, muitas delas indígenas”, explica o diretor de Pesca e Aquicultura da FAO, José Aguilar Manjarrez.
 
Para compartilhar experiências, promover educação e comunicação sobre consumo de pescado e cadeias de valor sustentáveis e inclusivas, além do diálogo entre as autoridades e os pescadores artesanais e piscicultores criando melhores canais de comercialização e agregação de valor com novos produtos, a FAO organizou o webinar “Consumo de pescado na América do Sul ‐ Perspectivas para aumentar sua contribuição na nutrição das pessoas”. O evento aconteceu na última sexta-feira (17) e contou com a presença do vice-ministro de Pesca e Aquicultura do Peru, Mario Jesús Cavero, autoridades da FAO, governos e pesquisadores.
 
Este ano as Nações Unidas celebram o Ano Internacional da Pesca e da Aquicultura Artesanais e a FAO é o principal organismo impulsionador, em colaboração com outras organizações e órgãos relevantes do sistema das Nações Unidas. O Ano Internacional da Pesca e da Aquicultura Artesanais reconhece a natureza variada da pesca artesanal e da aquicultura, e os diversos atores envolvidos nela, bem como a importante contribuição que eles dão para a segurança alimentar global, melhor nutrição e a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
 
Experiências compartilhadas – No Brasil, a produção total de pescado chega a cerca de 1,6 milhão de toneladas por ano, e a aquicultura responde por cerca de 50% disso, segundo dados da FAO. O país busca promover um aumento ainda maior no consumo de pescado por meio do programa nacional de alimentação escolar (PNAE), a exemplo do projeto “Coma Mais Peixe”, a semana do peixe e o Festival Nacional do Tambaqui da Amazônia.
 
No Brasil, a produção aquícola apresenta um aumento constante de 3% a 7% ao ano, desde 2013. A piscicultura cresce em média 7% ao ano e gera mais de um milhão de empregos diretos.
 
Já o Chile está entre os 10 maiores produtores mundiais de pesca de captura e é o segundo produtor internacional de salmonídeos (depois da Noruega). O país também é o terceiro produtor mundial de mariscos e um dos cinco maiores exportadores de pescado e produtos da pesca, ainda de acordo com a FAO.
 
A Subsecretaria de Pesca e Aquicultura do Chile busca aumentar o consumo per capita de frutos do mar em mais sete quilos até 2027, para chegar a 20 quilos por pessoa por ano. O Chile também está trabalhando ativamente para aumentar o consumo nas escolas, de quatro para oito vezes por mês, para atingir 1,6 milhão de alunos no país.
 
No Peru, o programa nacional “A Comer Pescado” promoveu a promoção de plataformas comerciais, o consumo de pescado nas escolas e o empoderamento dos pescadores artesanais para implementar práticas de manejo sustentável e realizar a comercialização direta.
Por Aquaculture Brasil
Foto: Divulgação