Notícias
Tambaqui do Vale do Jamari conquista selo de indicação de procedência
Apesar dos desafios produtivos, 2023 tem sido um ano muito positivo para a imagem do tambaqui produzido em cativeiro no Brasil. Depois de receber o prêmio de inovação em food service na Seafood Expo North America, em março, o tambaqui produzido no Vale do Jamari, em Rondônia, recebeu, em 15 de agosto, o reconhecimento da primeira Indicação Geográfica (IG), na espécie Indicação de Procedência (IP) para o Colossoma macropomum in natura e processado.
Os produtores de tambaqui localizado no Vale do Jamari produziram, no ano de 2019, o equivalente a 50% das cerca de 40 toneladas de tambaqui produzidas no Estado de Rondônia. Em 2020, esse percentual chegou a 60% do total de tambaqui (“in natura” e processado) produzido no Estado. O tambaqui produzido no Vale do Jamari abastece todo o mercado nacional, em sua maioria nos estados do Amazonas, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Goiás, com uma pequena porção destinada à importação.
IP Vale do Jamari
O pedido havia sido feito em junho de 2022 pelos produtores de 11 municípios, totalizando uma área de 38.049 km², no estado de Rondônia: Alto Paraíso, Ariquemes, Buritis, Cacaulândia, Campo Novo de Rondônia, Cujubim, Itapuã do Oeste, Machadinho D’Oeste, Monte Negro, Rio Crespo e Theobroma.
A proteção conferida pelo INPI recai apenas sobre o nome geográfico objeto do pedido e não sobre eventuais expressões complementares, tais como nome do produto ou serviço e descrição da espécie da IG.
O processo envolveu a apresentação de uma série de documentos que precisaram atestar os diferenciais do peixe, que é nativo do bioma Amazônico e está presente em outros Estados que compartilham o bioma. Os principais pontos que definem o tambaqui é ser redondo e de dorso esverdeado com barriga e cauda preta, como destacado na representação gráfica da IP.
Os produtores também indicaram que o peixe é criado na região em tanques escavados ou construídos em barragens em acidentes geográficos de mananciais como córregos e igarapés, sempre em raio superior a 50 metros das nascentes ou olhos de água permanentes.
"Os viveiros precisam ter equilíbrio do pH das águas utilizadas na produção que devem ser neutras ou ligeiramente alcalinas e contar com renovação constantes. As condições aquícolas, associadas ao clima típico da Amazônia, proporcionam o ambiente ideal para criação do tambaqui. A aplicação de tecnologias e manejo de produção, com responsabilidade social e ambiental de seus produtores, garantem ao tambaqui do Vale do Jamari a rastreabilidade do produto desde o início da criação até a despesca", indica a documentação apresentada.
Segundo os produtores, o produto processado protegido sob a IP é do tipo peixe fresco e peixe congelado, divididos entre peixe fresco inteiro e eviscerado e ainda em peixe congelado eviscerado inteiro, e em partes, tais como pedaços, postas, filés, costela e carne mecanicamente separada. "O tambaqui criado em cativeiro no Vale do Jamari possui atributos a semelhança dos existentes em ambiente natural, um produto de carne branca de textura tenra, firme, macia e suculenta, de sabor marcante característico e peculiar."
Por Seafood Brasil
Foto: Divulgação
Os produtores de tambaqui localizado no Vale do Jamari produziram, no ano de 2019, o equivalente a 50% das cerca de 40 toneladas de tambaqui produzidas no Estado de Rondônia. Em 2020, esse percentual chegou a 60% do total de tambaqui (“in natura” e processado) produzido no Estado. O tambaqui produzido no Vale do Jamari abastece todo o mercado nacional, em sua maioria nos estados do Amazonas, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Goiás, com uma pequena porção destinada à importação.
IP Vale do Jamari
O pedido havia sido feito em junho de 2022 pelos produtores de 11 municípios, totalizando uma área de 38.049 km², no estado de Rondônia: Alto Paraíso, Ariquemes, Buritis, Cacaulândia, Campo Novo de Rondônia, Cujubim, Itapuã do Oeste, Machadinho D’Oeste, Monte Negro, Rio Crespo e Theobroma.
A proteção conferida pelo INPI recai apenas sobre o nome geográfico objeto do pedido e não sobre eventuais expressões complementares, tais como nome do produto ou serviço e descrição da espécie da IG.
O processo envolveu a apresentação de uma série de documentos que precisaram atestar os diferenciais do peixe, que é nativo do bioma Amazônico e está presente em outros Estados que compartilham o bioma. Os principais pontos que definem o tambaqui é ser redondo e de dorso esverdeado com barriga e cauda preta, como destacado na representação gráfica da IP.
Os produtores também indicaram que o peixe é criado na região em tanques escavados ou construídos em barragens em acidentes geográficos de mananciais como córregos e igarapés, sempre em raio superior a 50 metros das nascentes ou olhos de água permanentes.
"Os viveiros precisam ter equilíbrio do pH das águas utilizadas na produção que devem ser neutras ou ligeiramente alcalinas e contar com renovação constantes. As condições aquícolas, associadas ao clima típico da Amazônia, proporcionam o ambiente ideal para criação do tambaqui. A aplicação de tecnologias e manejo de produção, com responsabilidade social e ambiental de seus produtores, garantem ao tambaqui do Vale do Jamari a rastreabilidade do produto desde o início da criação até a despesca", indica a documentação apresentada.
Segundo os produtores, o produto processado protegido sob a IP é do tipo peixe fresco e peixe congelado, divididos entre peixe fresco inteiro e eviscerado e ainda em peixe congelado eviscerado inteiro, e em partes, tais como pedaços, postas, filés, costela e carne mecanicamente separada. "O tambaqui criado em cativeiro no Vale do Jamari possui atributos a semelhança dos existentes em ambiente natural, um produto de carne branca de textura tenra, firme, macia e suculenta, de sabor marcante característico e peculiar."
Por Seafood Brasil
Foto: Divulgação