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Tilápia: uma espécie universal no mundo do pescado


A tilápia, nos últimos 7 anos, teve um comportamento no mercado nacional de pescado totalmente dissonante de todas as demais espécies comercializadas, sejam da pesca ou aquicultura.

 
No início, tudo parecia um modismo como os demais que observamos em todos os segmentos de negócios, como se fosse algo passageiro, uma oportunista em função de queda na captura de algumas espécies de peixes ou decorrente da dificuldade de importação de outras. Isso é o que muitos viam - ou desejavam ver - na esperança de que logo retornariam aos tempos gloriosos de mercados abarrotados de peixes com aquela variação diária de preços em função de oferta e procura.
 
A manutenção da oferta de tilápia e o surgimento de mais empresas no setor em vários estados brasileiros iniciou uma nova onda de "demonização" do produto, seja pelo argumento ambiental, sabor e qualidade. Porém, nenhum desses porquês colaram e a cada dia mais, a participação da tilápia nas gôndolas aumentava - só que dessa vez, ela ganhou também todas as grandes redes de varejo do Brasil, mesmo na região Norte, onde ainda ocorre uma grande oferta de peixes oriundos da pesca.
 
Sendo assim, a busca de explicações plausíveis continua entre aqueles que hoje, não conseguem analisar a tilápia como uma espécie que conseguiu sair do contexto do pescado e se sentou à mesa de outras proteínas de origem animal.
 
 
 
Como temos falado diuturnamente quando somos abordados pela pergunta "por que o consumo de tilápia cresce tanto?”, sempre informamos que seriam necessários alguns dias de explicações para enumerar todos os motivos. No entanto, um item que resume grande parte desta resposta é muito simples: a tilápia é um produto do agronegócio brasileiro!
 
 
Artigo escrito por Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) para o Anuário Seafood Brasil
Foto: Divulgação