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33º Congresso Abrasel debate cenário atual e perspectivas do setor


Na semana passada, o 33º Congresso Abrasel reuniu grandes nomes para discutir como o cenário atual segue impactado pela pandemia da Covid-19 e quais são as perspectivas do setor. 
 
Na palestra de abertura, o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci esteve com Luis Felipe Avelar, presidente de Operações Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai), Débora Mattos, chefe do Gabinete da Presidência da Coca-Cola América Latina e Cristiano Melles, presidente da Associação Nacional de Restaurantes (ANR).
 
“A pandemia acelerou mudanças nos hábitos do consumidor, que ganhou ainda mais poder em termos de escolhas, expectativas e exigências”, disse Luis Avelar.
 
Neste sentido, ele destaca que houve também uma valorização do comércio de proximidade. “As pessoas querem fortalecer essa rede de apoio em suas vizinhanças, principalmente com os pequenos negócios. Quando falamos no setor de alimentação fora do lar, o cliente foi fortemente impactado pela digitalização, que veio pra ficar. Queremos a experiência do bar dentro de casa”, afirma.
 
Equidade social
 
Outro tema de destaque no painel de inauguração do Congresso Abrasel foi a luta contra o racismo. A equidade social implica principalmente na busca por igualdade culturais, econômicas, políticas e espirituais de vários grupos sociais. “Essas questões estão ligadas ao desenvolvimento do País”, destacou Débora Mattos.
 
O tema fez nascer o Movimento Mover, formado por 45 grandes empresas do País, com o objetivo de atuar de forma conjunta como ferramenta de contribuição e ação no combate ao racismo, por meio de ações para a promoção da diversidade e inclusão que reduzam o cenário da desigualdade racial no Brasil.
 
“É um plano de ação que ambiciona gerar 10 mil novas posições de liderança para pessoas negras e gerar oportunidades para 3 milhões de pessoas nos próximos anos por meio de ações práticas”, diz Débora, ao mostrar também o impacto da diversidade em organizações. “Empresas mais diversas e inclusivas possuem 30% mais lucratividade”, disse.
 
Nos EUA e no Brasil
 
Em outro painel, o Chief Operating Officer da NRA (National Restaurants Association), Terry Erdle, conversou com Marco Amatti, CEO da MAPA Assessoria em Negócios de Alimentação Fora do Lar, sobre o futuro dos bares e restaurantes traçando paralelos entre o mercado brasileiro e norte-americano.
 
Em janeiro deste ano, 80% dos restaurantes nos EUA afirmaram que seu principal desafio está no recrutamento e qualificação de mão de obra, o que de acordo com Erdle aumenta a importância da representação de associações, no sentido de aprimorar o empreendedorismo e aumentar a produtividade do setor.
 
Para ele, o que está acontecendo na indústria de restaurantes do Brasil é um reflexo do que ocorre nos EUA. A cada 10 empregos nos EUA, um está de algum modo relacionado ao food service. “Somos uma parte importante da economia, e também da vida. Neste momento devemos repensar: por que existimos?”, indagou.
Por Seafood Brasil
Foto: Divulgação