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A crescente presença dos peixes do Alasca na América Latina
Quando recebi o convite da Seafood Brasil para escrever este artigo para falar sobre como foi o mercado para nós em 2022 e em 2023, fiquei imaginando como falaria de mercados tão diferentes em tão pouco tempo de diferença.
O ano de 2022 nos apresentou um mercado internacional de pescado extremamente forte, com disputas acirradas por matéria-prima e, consequentemente, preços mais altos. Por aqui, vimos um cenário econômico complicado na América Latina, com forte inflação, desvalorização de moedas e eleições no Brasil, no Chile e na Colômbia.
Apesar de tudo isso, as exportações de peixes do Alasca para região foram muito boas – como um todo, a América do Sul teve ligeiro crescimento em volume de 5%, sendo o Brasil o mercado que mais se destacou entre os sul-americanos, com um crescimento de 33%.
Se expandimos a análise para a América Latina, o México fica com o destaque pelos impressionantes 79% de crescimento. Do volume total exportado, 60% foram de salmões selvagens, 30% de peixes brancos e outros 10% ficaram por conta de crustáceos e outros produtos. Em resumo, a América do Sul e o México, em 2022, importaram quase US$ 40 milhões de pescado do Alasca.
Foram resultados positivos para a indústria pesqueira do Alasca na região, considerando que este ainda é um mercado relativamente novo para os exportadores da última fronteira americana e também considerando que apesar da safra recorde que houve de salmão sockeye por lá no ano passado, quase não capturamos salmão keta (chum), o qual costuma ser o mais vendido na região.
Já 2023 nos apresenta certa dualidade, já que herdou o cenário econômico e político complicado de 2022, mas que aos poucos vai mostrando sinais de recuperação (bom, acho que nós latinos sabemos que esta é a história das nossas vidas – instabilidade econômica e política por aqui já nem é mais novidade), mas desta vez, estamos inseridos em um mercado internacional menos competitivo.
Há maior disponibilidade de produto em todo o mundo – falando no Alasca, as safras estão excelentes neste ano. As capturas de salmão keta (chum) estão 40% maiores do que no passado, as de coho 31% e as de pink estão relativamente estáveis comparadas a 2021 (lembrando que este salmão tem maiores volumes de produção em anos ímpares).
Por: Carolina Nascimento, trade & marketing manager da Alaska Seafood Marketing Institute (ASMI) e atual peixeira e fundadora da Xtra Mile
Foto: Divulgação
O ano de 2022 nos apresentou um mercado internacional de pescado extremamente forte, com disputas acirradas por matéria-prima e, consequentemente, preços mais altos. Por aqui, vimos um cenário econômico complicado na América Latina, com forte inflação, desvalorização de moedas e eleições no Brasil, no Chile e na Colômbia.
Apesar de tudo isso, as exportações de peixes do Alasca para região foram muito boas – como um todo, a América do Sul teve ligeiro crescimento em volume de 5%, sendo o Brasil o mercado que mais se destacou entre os sul-americanos, com um crescimento de 33%.
Se expandimos a análise para a América Latina, o México fica com o destaque pelos impressionantes 79% de crescimento. Do volume total exportado, 60% foram de salmões selvagens, 30% de peixes brancos e outros 10% ficaram por conta de crustáceos e outros produtos. Em resumo, a América do Sul e o México, em 2022, importaram quase US$ 40 milhões de pescado do Alasca.
Foram resultados positivos para a indústria pesqueira do Alasca na região, considerando que este ainda é um mercado relativamente novo para os exportadores da última fronteira americana e também considerando que apesar da safra recorde que houve de salmão sockeye por lá no ano passado, quase não capturamos salmão keta (chum), o qual costuma ser o mais vendido na região.
Já 2023 nos apresenta certa dualidade, já que herdou o cenário econômico e político complicado de 2022, mas que aos poucos vai mostrando sinais de recuperação (bom, acho que nós latinos sabemos que esta é a história das nossas vidas – instabilidade econômica e política por aqui já nem é mais novidade), mas desta vez, estamos inseridos em um mercado internacional menos competitivo.
Há maior disponibilidade de produto em todo o mundo – falando no Alasca, as safras estão excelentes neste ano. As capturas de salmão keta (chum) estão 40% maiores do que no passado, as de coho 31% e as de pink estão relativamente estáveis comparadas a 2021 (lembrando que este salmão tem maiores volumes de produção em anos ímpares).
Por: Carolina Nascimento, trade & marketing manager da Alaska Seafood Marketing Institute (ASMI) e atual peixeira e fundadora da Xtra Mile
Foto: Divulgação