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​A criação de salmão pode se adaptar com as mudanças climáticas?



As temperaturas do oceano na costa norueguesa aumentaram em 1°C na média, desde os anos 80. Nas próximas décadas, as temperaturas continuarão a subir devido às mudanças climáticas induzidas pelo homem. Isso pode ser prejudicial ao cultivo de salmão, já que os animais são vulneráveis a aumentos de temperatura.
 
A cientista da Nofima, empresa de pesquisa da Noruega, Elisabeth Ytteborg e colegas, analisaram como os cenários de temperatura afetarão o cultivo de salmão em todas as 13 regiões aquícolas da Noruega até 2070.  A pesquisa foi conduzida em parceria com a Universidade de Stirling como parte do projeto ClimeFish, financiado pela União Europeia. Os resultados foram publicados recentemente na revista científica Aquaculture.
 
O salmão possui diversos parâmetros para seu cultivo, entre eles, a temperatura ideal da água é entre 8 e 14°C, em que o peixe come bem e cresce rapidamente. Se a água estiver mais quente do que 16°C, o salmão fica estressado, come menos e apresenta um crescimento reduzido. Quando a temperatura exceder 23°C, o peixe pode morrer.
 
Poucas áreas do mundo atendem aos critérios ambientais para a criação de salmão no mar. O aumento da temperatura do mar no futuro pode limitar a produção nas pisciculturas norueguesas.
 
“Novas tecnologias, aprimoração da tolerância à temperatura e locais de cultivo alternativos são algumas das soluções que podem ajudar a manter os peixes saudáveis”, diz Ytteborg. No entanto, possíveis medidas exigirão mais informações e conhecimento. “Quando se trata de determinar quais medidas devemos implementar, ainda não sabemos o suficiente sobre como o salmão cultivado reagirá a temperaturas mais altas, maior acidificação do oceano e redução de oxigênio. Nossa pesquisa revelou grandes lacunas de conhecimento em termos de conjuntos de dados disponíveis e da biologia do salmão”, diz ela.
 
Fonte: The Fish Site