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​Aberto o debate sobre pegada de carbono na aquicultura


Engajados nos esforços de recuperar o planeta, o Ministério da Pesca e Aquicultura e o Governo do Estado do Tocantins inauguraram  o 1º Encontro Nacional sobre Pegada de Carbono na Aquicultura.
 
O objetivo é encontrar formas de reduzir a emissão de gases do efeito estufa no cultivo de pescados e outros alimentos aquáticos. Como o estado é cortado pelos rios Araguaia e Tocantins, que formam uma das quatro grande bacias hidrográficas brasileiras, e também sedia um crescente polo de piscicultura, o Tocantins se torna pioneiro em debater e começar a elaborar a agenda ambiental no setor pesqueiro.
 
A secretária Nacional de Aquicultura, Tereza Nelma, representou o MPA no encontro. “Tocantins está saindo na frente em muitas demandas da aquicultura. Foi o primeiro a conseguir os créditos de carbono florestal e o primeiro a criar a Secretaria de Pesca e Aquicultura”, disse. “O desenvolvimento da aquicultura no nosso país só depende de decisão política e investimento, e nós vamos trilhar esse caminho para que seja viável, pois o estado tem todo potencial para isso. O nosso ministro está sempre à frente deste trabalho e vamos desenvolver um grande programa sustentável.”
 
Por ser tema de uma agenda relativamente nova, a pegada de carbono é pouco conhecida do público. Mas imagine que tudo o que fazemos, desde dirigir um carro até usar eletricidade em casa, queimar combustíveis fósseis para produzir energia, comprar produtos fabricados e até mesmo a comida que consumimos, todas as essas ações emitem gases de efeito estufa.
 
Esses gases, como o CO2, contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas. A pegada de carbono é como uma pegada deixada por um sapato na areia, mas em vez de areia, é o nosso impacto na atmosfera.
 
Para calculá-la, somamos todas essas emissões de gases de efeito estufa. Portanto, quanto mais CO2 liberamos, maior é nossa pegada de carbono.
 
O objetivo de medi-la e reduzi-la é diminuir nosso impacto ambiental, como usar energia renovável, dirigir menos, reciclar, escolher produtos com menor impacto ambiental. Isso ajuda a combater as mudanças climáticas e a garantir o planeta para as gerações futuras.
 
“Só tenho a agradecer ao MPA por estar fazendo esse empenho imenso, para poder evoluir a piscicultura do estado de Tocantins. A aquicultura para nós é a realidade que tanto precisamos, conhecemos o potencial do nosso estado e a qualidade da água que nós temos. Por isso, hoje é um dia muito especial para todos. A cadeia produtiva da piscicultura já se encontra em fase de desenvolvimento, graças ao empenho político do nosso governo, por meio de leis fiscais, ambientais e segurança jurídica. Isso tudo está gerando oportunidades de investimento e geração de renda”, afirmou a secretária de Pesca e Aquicultura do Tocantins, Miyuki Hyashida.
 
Também na solenidade de abertura, e representando o governador de Tocantins, o secretário-chefe da Casa Civil, Deocleciano Gomes, reforçou o empenho do estado em apoiar o setor pesqueiro. “A área da pesca e aquicultura com certeza é imensa no estado, e esse segmento vai avançar cada vez mais. Não é a toa que o evento está sendo realizado aqui”, frisou.
 
“Temos muito o que fazer no Tocantins, pois tem muitos recursos para isso, muita água boa. Então temos tudo na mão e estamos no centro do país, cercados de boas oportunidades, só precisamos trabalhar e do apoio de vocês”  disse Gilmar de Carvalho, representando os piscicultores de Tocantins.
 
O encontro, que além da pegada de carbono também serviu como abertura da 20ª Semana do Pescado no Estado, reuniu empreendedores, empresários, investidores aquícolas, pesquisadores, técnicos extensionistas, gestores públicos e privados de todo o Brasil, juntamente com autoridades políticas de níveis municipal, estadual e federal, demonstrando a amplitude do setor no país.
 
Por Ministério da Pesca e Aquicultura
Foto: Divulgação