Carregando...

​Bem-estar animal na piscicultura: conheça as melhores práticas



Um dos assuntos que cada vez mais é discutido na aquacultura é o bem-estar animal, afinal além de aumentar a produtividade, também aumenta o ganho do setor.
 
 
Este é um tema bem atual e que chama a atenção de especialistas e defensores da causa animal. Neste texto, iremos ressaltar os motivos da importância de garantir o bem-estar do animal nas práticas de piscicultura.
 
 
Algo importante de se ressaltar é que quando a produção não leva em consideração o bem-estar do animal, incluindo até mesmo maus tratos na hora do manejo e transporte, é possível ser visto como um crime federal previsto na Lei Nº 9.605 (Lei de Crimes Ambientais). Ela vale tanto para animais domésticos quanto silvestres, ou exóticos.
 
 
Confira abaixo as práticas que são recomendadas para garantir que os animais sejam bem tratados em todo o processo da cadeia de produção.
 
 
Qualidade da água
 
É muito importante garantir que a água tenha o nível de oxigênio que os peixes exigem. Quando eles começam a sentir a falta de oxigênio, ficam estressados e todo o processo poderá deteriorar a qualidade da carne.
 
 
A água é um dos fatores mais importantes que influenciam diretamente o bem-estar do peixe. De acordo com a qualidade do pH, acidez e limpeza, os animais podem desenvolver ou doenças e até mesmo vir a falecer.
 
 
Por isso, deve-se checar a concentrações de oxigênio, pH (que é diferente para os diferentes tipos de peixe), nitrogênio, dióxido de carbono e salinidade.
 
 
E também ao utilizar produtos químicos na água, como desinfetantes e medicamentos, é importante que sejam sempre controlados.
 
 
Estresse durante o transporte dos animais
 
O transporte é ainda uma das etapas que mais podem causar estresse para os peixes. Por isso, é muito importante seguir os procedimentos correto.
 
 
Um dos indicativos de que o peixe está estressado é a tentativa de fuga na hora do abate e quando eles vão até a superfície em busca de oxigênio.
 
 
Abatedouros que reduzem o oxigênio da água ou utilizam redes que raspam em suas escamas, o que pode danificá-las, são considerados como um redutor de qualidade de vida do animal.
 
 
Uma prática comum, mas que está errado são as empresas que deixam os animais dois dias em jejum até o seu transporte para o frigorífico. Isso causar sofrimento, e afetará também a qualidade da carne.
 
 
Tempo de exposição dos peixes ao ar
 
É importante reduzir o tempo de exposição dos peixes ao ar, pois ficam estressados e com medo, o que os deixa mais sensíveis e com consciência do abate. 
Simulação das condições habituais de vida. Simular o habitat natural do peixe,  fará com que ele consiga crescer e se reproduzir da melhor forma possível.
 
 
Para conseguir essas condições, é preciso que o tanque possua as cores certas, luz, sombra e movimentação adequada.
 
 
Além disso, deve-se lembrar das características de cada animal, como a interação com peixes da mesma espécie e o ambiente social como um todo.
 
 
Densidade populacional
 
Um dos fatores mais importantes para garantir a qualidade da vida do animal é a densidade populacional por metro cúbico.
 
 
Alguns aquicultores focam tanto na redução de custos que acabam deixando uma grande quantidade de peixes em um mesmo tanque.
 
 
Isso gera tanto estresse no animal, que pode gerar comportamentos agressivos, o que causa ferimentos e até mesmo deformidade.
 
 
Dieta equilibrada
 
Manter uma dieta equilibrada para os peixes, garante um crescimento forte e saudável. Por isso, dê preferência a rações naturais com a menor quantidade de químicos e hormônios para garantir a qualidade da carne.
 
 
Fato importante! Caso perceba algum peixe enfermo, é preciso levar ele imediatamente para a quarentena, dessa forma não contamina os demais.
Por: Engepesca
Foto: Divulgação