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Brasil tem primeiro banco ativo de germoplasma de peixes


O Brasil inaugurou o primeiro Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de peixes nativos, localizado em Palmas (TO). Com foco em ser um suporte para a aquicultura o local tem 32 tanques e instalações de conservação de germoplasma. A coleção envolve peixes vivos, banco genético e é considerada fundamental para a preservação de espécies e desenvolvimento da atividade. Além disso dará suporte para pesquisas na atividade.
 
Inicialmente o BAG inicia as atividades conservando três espécies estratégicas para o setor aquícola: o tambaqui, o pirarucu e a caranha. As novas instalações ocupam uma área aproximada de três hectares na Embrapa Pesca e Aqüicultura e custou cerca de R$ 3 milhões.
 
Os pesquisadores planejam utilizar o material em programas de melhoramento genético e desenvolver diferentes trabalhos na área de genética e reprodução, como o estabelecimento e melhorias nos protocolos de criopreservação, com os quais serão testadas, por exemplo, diferentes substâncias para melhor conservação do sêmen. O local vai funcionar como uma espécie de backup de genética. “O banco de germoplasma ainda poderá servir para o estabelecimento de parcerias com produtores, a fim de que eles possam melhorar a diversidade genética de seus plantéis”, planeja o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pesca e Aquicultura, Eric Arthur Bastos Routledge.
 
A manutenção de um banco de germoplasma é considerada estratégica para qualquer país, assegurando a preservação das espécies. O banco também deve impulsionar o desenvolvimento de peixes nativos do Brasil. O país ainda não comercializa material genético de peixes nativos - a produção de peixes baseia-se basicamente na coleta de alevinos produzidos naturalmente.
 
“O piscicultor encomenda alevinos de tambaqui puro, por exemplo, mas não dá para saber se é mesmo puro ou misturado com pirapitinga. Só com o tempo, ele conseguirá distinguir pela aparência do peixe. O mercado ainda está se profissionalizando nessa área, porque ninguém faz essa qualificação de germoplasma”, comenta Routledge.
 
Um dos resultados da qualificação do material genético é a garantida de identificação da espécie. É como se fosse um atestado de origem com base na análise genética.
Por: AGROLINK
Foto: Divulgação