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Como está a produção de peixe?


As adversidades climáticas recentes têm causado impactos nas atividades de pesca e aquicultura em diversas regiões do Rio Grande do Sul, conforme os dados do Informativo Conjuntural divulgado na última quinta-feira (23) pela Emater/RS-Ascar. Relatos de prejuízos e desafios surgem em meio às intensas chuvas, baixas temperaturas e inundações, prejudicando tanto a produção quanto a captura de peixes.


Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, os efeitos das chuvas e da nebulosidade têm sido sentidos, com relatos de mortandade de peixes em Floriano Peixoto, possivelmente devido à falta de oxigênio. Embora não tenham sido relatados rompimentos de açudes ou viveiros, os produtores enfrentam desafios para manter a qualidade adequada ao manejo alimentar dos peixes, especialmente em Passo Fundo.

Em Porto Alegre, municípios enfrentaram transbordamento e rompimento de açudes, resultando na fuga de peixes e deterioração da qualidade da água nos viveiros, ocasionando prejuízos significativos à atividade. Situação semelhante é observada em Santa Rosa, onde produtores relataram transbordamento de tanques e perda de alevinos e peixes maiores.

Na região de Porto Alegre, as condições adversas também afetaram a pesca no mar, com agitação das águas e carreamento de lixo para o mar pela enchente, dificultando a captura. Em águas doces, apesar da pesca mais regular, os pescadores enfrentam dificuldades de comercialização e inundações, especialmente em Santa Rita do Sul.


Em Pelotas, o aumento do nível da lagoa e do canal de São Gonçalo impactou severamente as comunidades pesqueiras, forçando muitas famílias a deixarem suas casas. O mesmo ocorre em Jaguarão, onde o alto nível da Lagoa Mirim prejudicou a indústria local. Em Tavares, apesar das chuvas intensas, a captura de camarão na Lagoa do Peixe continua, mas os pescadores enfrentam dificuldades de acesso devido às estradas precárias.

A região de Santa Rosa apresenta um aumento na oferta de peixes de couro, embora os pescadores enfrentem desafios contínuos na atividade, com algumas famílias ribeirinhas deixando suas casas por medo de novas enchentes.

Por AGROLINK - Seane Lennon
Foto: Reprodução