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​Como fomentar o consumo de espécies de peixes desconhecidas no varejo?


Atualmente no Brasil quando falamos em consumo de peixes frescos e até mesmo congelados, dificilmente conseguiremos escapar de algumas espécies-alvo mais conhecidas na comercialização e preferência da população. Entre elas podemos destacar a tilápia, salmão, tambaqui e pintado da amazônia que são oriundas de produção em cativeiro. Também temos a corvina, tainha, porquinho e anchova para espécies marinhas, por exemplo.
 
Esse consumo verticalizado acontece pela falta de informação em relação a algumas características de textura, sabor, presença de espinhas e modos de preparo. Educar o público consumidor de pescado a buscar e experimentar novos sabores é uma tarefa desafiadora para o varejo, pois, se trata de um movimento que precisará gerar além de conteúdos informativos, degustações, parcerias com chefs e fornecedores.
 
A disponibilidade das espécies para compra está atrelada ao estímulo dos pescadores para novos alvos de captura ou a aposta do setor produtivo em produzir um peixe pouco difundido sem a certeza de aceitação no ponto de venda.
 
O abastecimento regular dessas espécies desconhecidas também é um outro obstáculo a ser enfrentado para fomentar a diversidade e frequência de consumo. Porém estratégias de divulgação e marketing com festivais sazonais poderão ser utilizados para driblar possíveis rupturas.
 
Além do varejo, um setor importante para a oferta de novas opções de peixes é a rede de restaurantes, que influencia o consumo introduzindo em seu cardápio pratos que atraem o paladar do consumidor com diferentes formas de preparo. Como exemplo, podemos citar o pangasius que, por sua versatilidade, textura, sabor e preços acessíveis, se tornou uma das espécies congeladas mais importadas no País.
 
Ainda a respeito do pangasius, a produção nacional vem se destacando com potencial muito grande de se tornar o produto em filé acessível e seguro aos consumidores.
 
E peixes de água salgada... deixamos o desafio aqui para os nossos leitores, você já ouviu falar ou já experimentou alguma dessas espécies: sororoca (Scomberomorus brasiliensis), olho de cão (Priacanthus arenatus), olho de boi (Seriola dumerili), olhete (Seriola lalandi), xaréu (Caranx hippos), carapau (Caranx crysus), catuá (cephalopholis fulva) e pargo-rosa (Pagrus pagrus)?
 
Esses são alguns exemplos de peixes marinhos que apresentam textura, sabor e versatilidade diferenciadas para a gastronomia, porém, devido ao desconhecimento da população não possuem incentivo comercial para venda e, consequentemente, falta demanda para a pesca.
 
Trata-se de um ciclo que precisa ser quebrado com informações e preços atrativos ao consumidor. O varejo não oferece na área de venda porque o cliente não conhece. Por não conhecer, o cliente não compra.
 
É importante enfatizar que há regulamentações e fiscalizações que protegem a pesca de determinadas espécies em períodos de reprodução. Sendo assim, o incentivo ao consumo de espécies não convencionais de peixes além de trazer o movimento econômico para pequenos e médios pescadores também irá contribuir para a manutenção sustentável e consciente dos recursos pesqueiros
 
A equipe Equali-z possui profissionais preparados para dar suporte técnico desde o setor produtivo até o varejo, ficamos à disposição para atendê-los em um dos nossos canais.
 
 
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Por Elane Cristine Correia Santose Luciana Lacerda – Seafood Brasil
Foto: Divulgação