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Criação de camarão em cativeiro gera lucros para produtores


A criação de camarão em cativeiro é uma atividade conhecida como carcinicultura, um ramo específico da aquicultura que pode ser encontrada tanto na forma de cultivo de camarão marinho ou de água doce. Essa é uma atividade econômica muito importante em várias regiões do litoral brasileiro, devido ao elevado valor comercial destes produtos na alimentação humana e por sua geração de emprego e renda. Conforme informações do Sebrae, com o crescimento da demanda mundial por alimentos de alto valor nutritivo, saudáveis e disponíveis a preços baixos, a atividade de carcinicultura tornou-se uma alternativa viável tanto do ponto de vista alimentar quanto de negócio, principalmente para pequenos produtores rurais.
 
 
 
O lucro em potencial pode ser medido pelo preço do quilo do camarão, que custa em média R$ 6 para o produtor e pode ser vendido a partir de R$ 15, variando conforme a cidade, região e período do ano. De modo geral, se obtém um lucro de mais de 100% por quilo, que estimula qualquer empreendedor a entrar neste ramo. Em relação a estrutura, os camarões precisam estar em água coberta e isso pode ser feito de várias formas. O ideal é que o tanque tenha capacidade para até 12 camarões por metro quadrado para gerar uma alta lucratividade. Muito mais do que esse número, será inviável controlar a qualidade do crustáceo para a venda e também para limpeza do local.
 
 
 
Os valores de produtividade da carcinicultura variam de acordo com a situação climática regional e com o tipo de sistema de cultivo empregado (monofásico, bifásico ou trifásico). Geralmente, produtividades variando entre 1.000 a 3.000 Kg/ha/ano são observadas nos empreendimentos comerciais em operação no Brasil.
 
 
 
A experiência acumulada nos países onde a carcinicultura vem apresentando crescimento acelerado, tem revelado aspectos muito positivos nos setores econômico, social e ambiental. O cultivo do camarão pode ser conduzida com bom nível de eficiência de emprego de capital, tanto por pequenos, como por médios e grandes produtores, emprega mão-de-obra não especializada, representada pelos próprios pescadores artesanais da região, e atua positivamente nos aspectos ecológicos e de preservação do meio ambiente, uma vez que essa atividade prima e exige excepcionais condições hidrobiológicas, sendo, portanto, uma grande aliada no efetivo controle das condições ambientais.
 
 
 
A venda direta ao consumidor, redes de supermercados e restaurantes são as vias de mercado mais praticadas para o escoamento do produto. O maior valor agregado é indiscutivelmente a qualidade e sua manutenção ao longo do ano, podendo ser oferecido nos mercados e feiras, bem como processado e industrializado para outras regiões e até mesmo para exportação, lembrando que as certificações de saneamento, vigilância sanitária e as licenças para exportação, são fundamentais para se chegar a esses mercados mais exigentes e sofisticados.
 
 
 
De acordo com um estudo, realizado pelo Sebrae, o investimento inicial com instalações gira em torno de R$ 30.000,00 para cada hectare de lâmina d’água de projeto. O custo operacional varia entre R$ 5,00 a R$ 10,00 para cada quilograma de camarão produzido. O valor de venda entre R$ 15,00 a R$ 40,00 varia de acordo com o padrão do produto e tipo de mercado (atacado ou varejo). O mercado consumidor é bastante diversificado, podendo-se citar as redes de supermercados, hotéis, restaurantes e lojas especializadas em pescados. Trata-se de um produto nobre, com excelente aceitação nos mercados interno e externo.
 
 
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Por Engepesca
Foto: Divulgação