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Edição genética pode melhorar piscicultura



 Estudos realizados por especialistas da área indicam que o déficit de abastecimento causado pela diminuição da produção pesqueira de captura e o aumento da população humana poderia ser remediado incorporando programas de melhoramento genético aos sistemas de aquicultura existentes, sem necessidade de o recurso a sistemas adicionais ou o uso de mais terra ou área de água. Quem informa é Germán Robaina G, no portal mundoagropecuario.com.
 
 
Os recursos genéticos de peixes (FiGR) abrangem todo o material genético de peixes e invertebrados aquáticos com valor real ou potencial para pesca de captura e aquicultura. É de grande valor como esses recursos podem ser usados para ajudar a aquicultura a realizar seu verdadeiro potencial enquanto conserva a diversidade genética natural.
 
O manejo do FiGR é necessário não apenas para aumentar a produção, pois além de essencial para programas de melhoramento genético, permite que as espécies se adaptem às mudanças de curto, médio e longo prazo, e fornece tanto espécies como populações, a flexibilidade para se adaptar às mudanças devido a causas humanas ou naturais. A diversidade genética é necessária para a evolução contínua das espécies e interage com a variação ambiental para produzir a variedade de formas, tamanhos, caracteres, comportamentos e cores que tornam algumas espécies aquáticas tão valorizadas.
 
A deriva genética é a mudança involuntária na frequência dos genes não causada por seleção, migração ou mutação. Essas mudanças podem ser naturais ou feitas pelo homem, o que ocorre quando os agricultores adquirem ou criam seus próprios peixes. Em condições normais, na aquicultura, o número de peixes que se reproduzem e deixam descendentes viáveis é muito menor do que o número de adultos da população.
 
No entanto, embora a domesticação seja benéfica no cultivo de peixes para consumo, pode ser prejudicial para os peixes em seu habitat natural, uma vez que um peixe adaptado a uma incubadora pode não se adaptar facilmente no habitat natural. Assim, os programas de domesticação da aquicultura devem trabalhar em estreita colaboração com as chamadas Boas Práticas de Produção da Aquicultura, a fim de maximizar os controles e minimizar o escape de espécimes domesticados para o ambiente natural.

Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
Foto: Divulgação