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Embrapa está desenvolvendo tambaquis sem espinha


 

 Pesquisadores da Embrapa Pesca e Aquicultura, no Tocantins, estão desenvolvendo um projeto tecnológico que promete beneficiar consumidores e ribeirinhos. Em resumo, trata-se de eliminar as espinhas em Y do lombo do tambaqui por meio de edição genética.
 
Caso ocorra, a inovação vai impactar diretamente o mercado de peixes na região amazônica, com destaque no Amazonas em centros chaves como a Feira Manaus Moderna, conhecida pela abundância de peixarias e pela celebração da cultura gastronômica da região.
 
Em síntese, a pesquisa avança com o apoio de laboratórios, bem como técnicas de engenharia genética. Segundo a zootecnista Flávia Tavares, coordenadora do projeto, o objetivo é identificar e desativar os genes responsáveis pela calcificação dos tendões que formam as espinhas em Y.
 
“Estamos desenvolvendo um tambaqui que mantenha sua qualidade, mas sem as espinhas que podem causar desconforto ao consumo”, comenta. A eliminação das espinhas seria uma conquista inédita no Brasil, fortalecendo a cultura nacional e abrindo novas possibilidades para o mercado.
 
Entendendo a mudança para o Amazonas
 
Um dos pescados mais vendidos na Feira de Manaus Moderna, popular centro de abastecimento popular na capital do Amazonas, a possibilidade de um tambaqui sem espinhas também representa um novo impulso para o setor pesqueiro do Estado. Afinal, sem as espinhas, o peixe poderá atingir novos mercados e conquistar consumidores que antes evitavam o consumo por dificuldades no preparo ou medo de acidentes.
 
Aqui, cabe lembrar que o tambaqui desponta como a segunda espécie de peixe mais produzida no Brasil e lidera entre as espécies nativas. Dados do Anuário Brasileiro da Piscicultura, publicado pela Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), mostram que em resumo, em 2022, das 860 mil toneladas de peixes cultivados no País, 267 mil toneladas foram de espécies nativas, com destaque para o tambaqui.
Por Seafood Brasil
Foto: Divulgação