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Encontro Nacional Sobre Pegada de Carbono na Aquicultura reúne especialistas de vários lugares do Brasil
O segundo dia de atividades do 1º Encontro Nacional Sobre Pegada de Carbono na Aquicultura proporcionou ricas discussões sobre o tema. Especialistas de vários lugares do Brasil e também de outros países apresentaram palestras sobre os estudos mais atuais em termos de emissão e sequestro de carbono no âmbito da aquicultura. O evento teve início no dia 4 e será finalizado nesta quarta-feira, 6, na Embrapa Pesca e Aquicultura, em Palmas.
Pesquisadores do setor aquícola, técnicos extensionistas e produtores de pescados estiveram reunidos com o objetivo principal de melhorar a compreensão sobre a emissão e sequestro de carbono provenientes da aquicultura. Além disso, pretende-se estimular e apoiar pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias capazes de promover sistemas de produção sustentáveis e de baixo carbono.
A pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente (SP), Ana Paula Parker, explicou que pegada de carbono é a quantidade de emissões de gases de efeitos estufa gerados no ciclo de vida de um produto. Em outras palavras, significa “a contabilidade das emissões e remoções de CO² (dióxido de carbono) durante o processo de produção, desde o começo até o final”.
O professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Nathan Barros, tem se dedicado a estudar os fatores e dados sobre emissão de carbono na aquicultura. Segundo ele, a atividade tem um grande potencial de produzir proteína animal com baixa emissão de carbono e a tendência é zerar.
“Sabemos que na aquicultura as emissões são baixas, se compararmos com outros ambientes. Nosso grupo de pesquisa está empenhado em inventariar as emissões de CO² em todo o território brasileiro para que tenhamos um cenário de quanto se emite para produzir um quilo de carne de peixe. Mais do que isso, queremos saber quais fatores podemos modificar para que essa emissão seja zerada”, afirmou o pesquisador da UFJF.
A piscicultora e presidente da Associação Catarinense de Aquicultura, Ofélia Maria Campigotto, é uma das participantes do 1º Encontro Sobre Pegada de Carbono na Aquicultura. Ela conta que desde que se aposentou passou a realizar o sonho de produzir peixes, no município de Gaspar (SC). “Esse Encontro me chamou muito a atenção porque ouço falar em créditos de carbono há bastante tempo. Este é o momento de estarmos aqui discutindo para que se consiga colocar isso em prática, disse a produtora.”
O professor Nathan Barros lembrou ainda que pegada e crédito de carbono têm significados distintos. Este último é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera ou foi sequestrada, diminuindo o efeito estufa. Existem métodos de certificar e compensar financeiramente comunidades, empresas, países em desenvolvimento, além de estados e municípios, pela recuperação e conservação de suas florestas.
Os estudiosos do campo da aquicultura buscam compreender os processos de produção na água, mensurar as emissões e sequestro de carbono. A partir da comprovação científica, poderão surgir certificações e a comercialização de créditos de carbono relacionados ao ambiente aquático.
Por Cristiano Viana/Governo do Tocantins
Foto: Aldemar Ribeiro/Governo do Tocantins
Pesquisadores do setor aquícola, técnicos extensionistas e produtores de pescados estiveram reunidos com o objetivo principal de melhorar a compreensão sobre a emissão e sequestro de carbono provenientes da aquicultura. Além disso, pretende-se estimular e apoiar pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias capazes de promover sistemas de produção sustentáveis e de baixo carbono.
A pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente (SP), Ana Paula Parker, explicou que pegada de carbono é a quantidade de emissões de gases de efeitos estufa gerados no ciclo de vida de um produto. Em outras palavras, significa “a contabilidade das emissões e remoções de CO² (dióxido de carbono) durante o processo de produção, desde o começo até o final”.
O professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Nathan Barros, tem se dedicado a estudar os fatores e dados sobre emissão de carbono na aquicultura. Segundo ele, a atividade tem um grande potencial de produzir proteína animal com baixa emissão de carbono e a tendência é zerar.
“Sabemos que na aquicultura as emissões são baixas, se compararmos com outros ambientes. Nosso grupo de pesquisa está empenhado em inventariar as emissões de CO² em todo o território brasileiro para que tenhamos um cenário de quanto se emite para produzir um quilo de carne de peixe. Mais do que isso, queremos saber quais fatores podemos modificar para que essa emissão seja zerada”, afirmou o pesquisador da UFJF.
A piscicultora e presidente da Associação Catarinense de Aquicultura, Ofélia Maria Campigotto, é uma das participantes do 1º Encontro Sobre Pegada de Carbono na Aquicultura. Ela conta que desde que se aposentou passou a realizar o sonho de produzir peixes, no município de Gaspar (SC). “Esse Encontro me chamou muito a atenção porque ouço falar em créditos de carbono há bastante tempo. Este é o momento de estarmos aqui discutindo para que se consiga colocar isso em prática, disse a produtora.”
O professor Nathan Barros lembrou ainda que pegada e crédito de carbono têm significados distintos. Este último é a representação de uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera ou foi sequestrada, diminuindo o efeito estufa. Existem métodos de certificar e compensar financeiramente comunidades, empresas, países em desenvolvimento, além de estados e municípios, pela recuperação e conservação de suas florestas.
Os estudiosos do campo da aquicultura buscam compreender os processos de produção na água, mensurar as emissões e sequestro de carbono. A partir da comprovação científica, poderão surgir certificações e a comercialização de créditos de carbono relacionados ao ambiente aquático.
Por Cristiano Viana/Governo do Tocantins
Foto: Aldemar Ribeiro/Governo do Tocantins