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​Estado regulamenta a criação de peixes exóticos em território paraense


O governador Helder Barbalho assinou, no Palácio do Governo, o decreto que regulamenta a produção de peixes de outras espécies no Estado, considerados exóticos, fortalecendo a cadeia produtiva do pescado. A tilápia é um exemplo de peixe não originário da bacia amazônica que agora pode ser criado com segurança jurídica para o produtor. O decreto vai beneficiar produtores, associações e colônias de pesca, aumentando a oferta para consumidores.
 
Helder Barbalho destacou que o Pará é o maior produtor de pesca artesanal por captura do Brasil. A pesca faz parte da cultura no Estado, e a pesca artesanal é fundamental para colocar na mesa o produto, gerar renda e emprego para milhares de pessoas. “É uma atividade extraordinária, mas não unicamente na produção pesqueira e de outras atividades que compõem a aquicultura. O Pará tem produção de grande escala em ostra, peixes ornamentais e na piscicultura tradicional, a partir de um projeto de tanques de redes. Hoje, o Pará se coloca como ambiente legal, jurídico, com estabilidade para a última dimensão da pesca de captura. E fico muito feliz que o Estado seja uma referência na aquicultura do Brasil”, ressaltou o governador.
 
Potencial - Segundo Giovanni Queiroz, titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), a assinatura do decreto é um evento comemorado por todos que cuidam da pesca e da criação de peixes no Pará. “Nós temos aqui um dos melhores ambientes para se criar peixes. Um potencial extraordinário com nossos lagos de Tucuruí e Belo Monte, onde nós queremos implantar tanques de redes, tanques para reprodução e engorda. Antes, tínhamos uma limitação, mas com o governador regulamentando, podemos criar outras espécies, como a tilápia. Vai beneficiar grandes e pequenos produtores e ajudar a aumentar a renda dessas famílias. É muito difícil trabalhar com tilápia ou qualquer cultura não regularizada. Com olhar do governo, o pequeno produtor pode ampliar sua renda familiar”, destacou o secretário.
 
Trabalhando desde 2014 com a produção de ostra, Gleison da Silva Vaz, do município de Curuçá, no nordeste paraense, disse acreditar que o decreto é importante para dar continuidade à produção. “Foi uma vitória essa regulamentação, para acabar com o medo da fiscalização”, afirmou o produtor.
 
Segundo Denis Carlos, presidente da Aquavila (Associação de Agricultores da Vila Lauro Sodré), em Curuçá, a entidade é a maior produtora de sementes do Estado. “Estou muito feliz, e esse decreto vai nos ajudar muito a sair da ilegalidade com apoio do governo, da Secretaria que nos tem dado apoio. Agora é buscar recursos para alavancar mais”, acrescentou.
 
Para Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), o decreto traz segurança alimentar e aumenta a produção a partir da permissão da criação. “O nosso Estado podemos transformar no maior produtor de tilápia do Brasil e do mundo. A empresa que está fazendo um estudo mostrou que a produtividade do Pará pode passar o Paraná, que é o maior produtor de tilápia do mundo”, informou.
 
Por Camila Botelho (SEDAP)
Foto: Marco Santos / Ag. Pará