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​Estudo pretende mapear população de botos na Amazônia


Conhecidos como golfinhos, os botos da Amazônia estão diminuindo pela metade a cada nove a dez anos, dependendo da espécie, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
 
Para entender a real situação das populações, uma expedição do INPA com a organização Sea Shepherd planeja realizar o primeiro estudo de longo prazo para avaliar a conservação do animal.
 
Predador natural, o piracatinga, espécie de bagre comum no bioma, é uma das maiores ameaças aos botos. Por isso foi publicada no Diário Oficial da União a prorrogação até julho de 2021 da moratória para a pesca e comercialização do peixe, após decisão da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
 
A construção de represas, a pesca acidental ou ainda o uso de redes também são motivos da diminuição da espécie.
De acordo com a Sea Shepherd, as organizações planejam ter dois ciclos de expedições de contagem populacional na Amazônia antes do encerramento da moratória, previsto para 1º de julho de 2022.
 
"Será um estudo populacional de três anos, abrangendo duas expedições por ano e cobrindo quatro pontos do rio Amazonas, resultando no total de seis expedições, 3.000 km percorridos e 100 dias de observação", explica a entidade em nota.
 
 
Ainda assim, a moratória não se aplica à pesca científica, desde que devidamente autorizada pelo órgão ambiental competente, nem à pesca de subsistência, que se caracteriza pela  captura e transporte de até cinco quilos com o objetivo de auto consumo.
 
 
O estudo ocorre no momento em que as discussões a respeito da biodiversidade ganham maior relevância, incluindo conferência da ONU sobre o tema, prevista para acontecer ainda neste ano.
Por Revista Globo Rural
Foto: Divulgação