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​Evento sobre agricultura familiar reúne produtores e representantes de órgãos públicos em Couto Magalhães


O I Seminário Municipal de Meio Ambiente e Agricultura Familiar de Couto Magalhães reuniu cerca de 200 pessoas com o objetivo de promover o diálogo e construir propostas para dinamizar a agricultura familiar, tendo em vista a produção sustentável e o estímulo à permanência dos agricultores no campo. O evento foi realizado na quinta-feira, 22, na Escola Municipal Marisa Letícia da Silva.
 
Promovido pela prefeitura da cidade, o seminário priorizou os trabalhadores rurais que fazem parte dos assentamentos do município. As discussões tiveram a participação de representantes de associações, sindicatos e de órgãos federais, estaduais e municipais ligados ao trabalho rural. A Secretaria da Pesca e Aquicultura (Sepea) foi representada pelo gerente de planejamento e captação de recursos, Onivaldo Rocha, que destacou o papel da secretaria para apoiar os pescadores locais.
 
Couto Magalhães fica localizado a 297 quilômetros de Palmas, às margens do rio Araguaia, e possui cerca de 5 mil habitantes. A cidade tem uma colônia de pescadores organizada desde o ano 2000. Atualmente, a entidade conta com 130 pescadores cadastrados e aproximadamente 90 ativos, que vivem da pesca profissional.
 
Em sua participação no seminário, Onivaldo Rocha enfatizou a importância do pescador artesanal para o sustento de muitas famílias e que a atividade é feita em equilíbrio com os ciclos naturais de reprodução e crescimento das espécies. “A pesca artesanal faz parte de uma cultura, não é somente uma simples fonte de renda. Não são todas as pessoas que conseguem pescar. Por isso, é preciso fazer a gestão sustentável dos recursos pesqueiros para sabermos a quantidade de peixes que o município produz, entender a importância econômica da atividade e tirar o pescador da invisibilidade”, afirmou.
 
Segundo o representante do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Tocantins (INCRA), Hilton Faria da Silva, o município de Couto Magalhães possui 12 assentamentos rurais, com aproximadamente 500 famílias residentes, o que representa um terço da população da cidade. O servidor público defendeu que a agricultura familiar é importante porque produz alimentos de qualidade, gera renda e muitos empregos diretos e indiretos. Ele disse também que “objetivo da reforma agrária é buscar igualdade nas condições de vida das populações que vivem no campo e na cidade”.
 
O prefeito e Couto Magalhães, Júlio César Brasil, também falou a respeito da vocação que o município tem para as atividades rurais, principalmente, a agricultura familiar. Ele disse ainda que o município é essencialmente rural e, por isso, é preciso investir em conhecimento e políticas públicas, em níveis federal e regional, para melhorar a produção e manter os jovens no campo. “Temos feito a nossa parte, por exemplo, garantindo o funcionamento da feira livre todas as sextas-feiras, aqui em Couto Magalhães”, disse o gestor, lembrando que é na feira que os produtores locais vendem boa parte de seus produtos.
 
Genivaldo Liberato dos Santos é presidente da associação dos Agricultores Familiares do Assentamento Alto Alegre. A comunidade é composta por 44 famílias e as atividades principais giram em torno da pecuária e agricultura. “No nosso assentamento produzimos feijão, cana de açúcar, hortaliças, criamos carneiros e porcos. O seminário de hoje foi muito bom porque tivemos a chance de falar com os órgãos e entidades para tirar dúvidas sobre muitas coisas”, afirmou o produtor.
 
Entidades participantes
 
Participaram do seminário representantes da Federação de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Estado do Tocantins (FETAET), Articulação Tocantinense de Agroecologia (ATA), União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Tocantins (UNICAFES), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária (Seagro), Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Secretaria da Pesca e Aquicultura (Sepea),  Companhia Nacional de Abastecimento (Conab/TO) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA/TO).
Por  Cristiano Viana/Governo do Tocantins
Foto: Cristiano Viana/Governo do Tocantins