Notícias
Fases da criação de peixes
O cultivo de peixes é definido em 3 etapas: a alevinagem, a recria e a engorda. Cada uma delas representa um tipo específico de piscicultura
Para que cada uma dessas etapas seja bem realizada, é necessário que o piscicultor conheça as formas de manejo e os cuidados que cada fase precisa, para assim conseguir manter as condições adequadas para o desenvolvimento dos peixes.
É recomendado que cada etapa seja realizada em pisciculturas diferentes, pois tecnologias novas permitem realizar a separação com maior eficiência.
1 - Alevinagem
Essa etapa refere-se à produção dos alevinos (filhotes dos peixes) que quando atingem o tamanho e o peso ideal, serão comercializados para outras pisciculturas, para realizar a recria e a engorda dos mesmos.
A alevinagem é realizada em criatórios especializados, sendo exclusivos pela produção dos alevinos.
Nessa etapa, são utilizadas matrizes selecionadas com alto potencial genético e reprodutivo. Os ovos são retirados diretamente da boca das matrizes fêmeas (no caso das tilápias, por exemplo), quando se encontram no período de ovulação e depois, são colocados para encubarem artificialmente.
Os alevinos devem ser comercializados quando atingirem o peso ideal e depois de passarem por um treinamento alimentar que os deixará aptos a se alimentarem com ração farelada ou balanceada, dependendo da espécie.
Isso facilitará o início da recria e a condução da engorda, proporcionando a obtenção de um elevado potencial de desenvolvimento dos peixes.
No caso particular das tilápias, após o processo de incubação, as larvas não terão ainda sexo definido. Só quando elas se transformarem em alevinos, é que ocorre a definição do sexo.
Por se tratar de uma espécie com alto poder de reprodução, é desejável que a maioria dos alevinos adquiridos sejam machos, para evitar a superpopulação dos viveiros na fase de engorda.
Assim, se houver, em um mesmo viveiro, um número considerável de machos e fêmeas, a capacidade de suporte desses viveiros será ultrapassada em pouco tempo.
Mas, se o viveiro for povoado, em sua grande maioria, por peixes machos, isso não acontecerá. Após o período de tratamento da reversão sexual, os hormônios fornecidos aos alevinos já não existirão no organismo dos mesmos.
Por isso, nos criatórios especializados, as larvas passam por um processo, chamado de reversão sexual, garantindo que mais de 95% dos alevinos comercializados sejam machos. Esse processo consiste em fornecer hormônios masculinizantes às larvas, durante 30 dias.
Para que possam funcionar legalmente, os criatórios especializados na criação de alevinos precisam ser regulamentados, ou seja, devem ser devidamente registrados na “Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca” do Estado a que pertencem.
Portanto, independente da espécie de alevinos que o produtor pretende adquirir, a maneira mais segura de obtê-los, com a qualidade adequada, é comprando-os em criatórios especializados, devidamente registrados no órgão competente, e que, além disso, sejam idôneos e reconhecidos no mercado.
2 - Recria
Os viveiros revestidos de concreto para recria de alevinos são de muita utilidade para algumas espécies, principalmente para tilápia e surubim.
Depois que os filhotes de cada espécie atingem o tamanho ideal para comercialização, eles serão cultivados em outra piscicultura, isto é, passarão para a segunda fase do processo, que é denominada “recria”, até se tornarem peixes juvenis.
A recria poderá ser feita de duas formas, isto é, de maneira independente, quando a piscicultura se especializa apenas em recriar os alevinos até se tornarem peixes juvenis, quando serão comercializados para as pisciculturas de engorda, ou, em conjunto, com a terceira fase do processo, que é a engorda de peixes, a qual consiste em cultivar os peixes juvenis em outros ambientes de cultivo até atingirem o ponto de comercialização.
Portanto, quando se tratar de uma piscicultura responsável por realizar apenas a fase de recria dos alevinos, esses serão adquiridos diretamente dos criatórios especializados em alevinagem e transferidos para a piscicultura de recria, onde permanecerão até se tornarem peixes juvenis, quando, então, serão transferidos para uma terceira piscicultura, onde a engorda será realizada.
Esse sistema tem como vantagem a facilidade de distribuição de alevinos, pois as distâncias entre os criatórios especializados e a piscicultura de engorda dos peixes são encurtados.
3 - Engorda
Quando se tratar de uma piscicultura que é responsável por realizar apenas a fase de engorda dos peixes juvenis, esses devem ser adquiridos diretamente das pisciculturas especializadas na recria dos mesmos e, em seguida, transferidos para a piscicultura de engorda, em outra fazenda, onde permanecerão até se tornarem peixes adultos, quando, então, serão comercializados para o mercado consumidor.
Entretanto, a prática da piscicultura de engorda, separada da de recria, só existe quando é possível adquirir os peixes juvenis de uma piscicultura especializada na recria de alevinos. Se isto não for possível, será necessário que o piscicultor adquira os alevinos de um criatório especializado e, nesse caso, a recria será feita, na mesma fazenda, em conjunto com a engorda, o que poderá ser feito em viveiros de terra ou em tanques-rede.
Por: Engepesca
Foto: Divulgação
Para que cada uma dessas etapas seja bem realizada, é necessário que o piscicultor conheça as formas de manejo e os cuidados que cada fase precisa, para assim conseguir manter as condições adequadas para o desenvolvimento dos peixes.
É recomendado que cada etapa seja realizada em pisciculturas diferentes, pois tecnologias novas permitem realizar a separação com maior eficiência.
1 - Alevinagem
Essa etapa refere-se à produção dos alevinos (filhotes dos peixes) que quando atingem o tamanho e o peso ideal, serão comercializados para outras pisciculturas, para realizar a recria e a engorda dos mesmos.
A alevinagem é realizada em criatórios especializados, sendo exclusivos pela produção dos alevinos.
Nessa etapa, são utilizadas matrizes selecionadas com alto potencial genético e reprodutivo. Os ovos são retirados diretamente da boca das matrizes fêmeas (no caso das tilápias, por exemplo), quando se encontram no período de ovulação e depois, são colocados para encubarem artificialmente.
Os alevinos devem ser comercializados quando atingirem o peso ideal e depois de passarem por um treinamento alimentar que os deixará aptos a se alimentarem com ração farelada ou balanceada, dependendo da espécie.
Isso facilitará o início da recria e a condução da engorda, proporcionando a obtenção de um elevado potencial de desenvolvimento dos peixes.
No caso particular das tilápias, após o processo de incubação, as larvas não terão ainda sexo definido. Só quando elas se transformarem em alevinos, é que ocorre a definição do sexo.
Por se tratar de uma espécie com alto poder de reprodução, é desejável que a maioria dos alevinos adquiridos sejam machos, para evitar a superpopulação dos viveiros na fase de engorda.
Assim, se houver, em um mesmo viveiro, um número considerável de machos e fêmeas, a capacidade de suporte desses viveiros será ultrapassada em pouco tempo.
Mas, se o viveiro for povoado, em sua grande maioria, por peixes machos, isso não acontecerá. Após o período de tratamento da reversão sexual, os hormônios fornecidos aos alevinos já não existirão no organismo dos mesmos.
Por isso, nos criatórios especializados, as larvas passam por um processo, chamado de reversão sexual, garantindo que mais de 95% dos alevinos comercializados sejam machos. Esse processo consiste em fornecer hormônios masculinizantes às larvas, durante 30 dias.
Para que possam funcionar legalmente, os criatórios especializados na criação de alevinos precisam ser regulamentados, ou seja, devem ser devidamente registrados na “Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca” do Estado a que pertencem.
Portanto, independente da espécie de alevinos que o produtor pretende adquirir, a maneira mais segura de obtê-los, com a qualidade adequada, é comprando-os em criatórios especializados, devidamente registrados no órgão competente, e que, além disso, sejam idôneos e reconhecidos no mercado.
2 - Recria
Os viveiros revestidos de concreto para recria de alevinos são de muita utilidade para algumas espécies, principalmente para tilápia e surubim.
Depois que os filhotes de cada espécie atingem o tamanho ideal para comercialização, eles serão cultivados em outra piscicultura, isto é, passarão para a segunda fase do processo, que é denominada “recria”, até se tornarem peixes juvenis.
A recria poderá ser feita de duas formas, isto é, de maneira independente, quando a piscicultura se especializa apenas em recriar os alevinos até se tornarem peixes juvenis, quando serão comercializados para as pisciculturas de engorda, ou, em conjunto, com a terceira fase do processo, que é a engorda de peixes, a qual consiste em cultivar os peixes juvenis em outros ambientes de cultivo até atingirem o ponto de comercialização.
Portanto, quando se tratar de uma piscicultura responsável por realizar apenas a fase de recria dos alevinos, esses serão adquiridos diretamente dos criatórios especializados em alevinagem e transferidos para a piscicultura de recria, onde permanecerão até se tornarem peixes juvenis, quando, então, serão transferidos para uma terceira piscicultura, onde a engorda será realizada.
Esse sistema tem como vantagem a facilidade de distribuição de alevinos, pois as distâncias entre os criatórios especializados e a piscicultura de engorda dos peixes são encurtados.
3 - Engorda
Quando se tratar de uma piscicultura que é responsável por realizar apenas a fase de engorda dos peixes juvenis, esses devem ser adquiridos diretamente das pisciculturas especializadas na recria dos mesmos e, em seguida, transferidos para a piscicultura de engorda, em outra fazenda, onde permanecerão até se tornarem peixes adultos, quando, então, serão comercializados para o mercado consumidor.
Entretanto, a prática da piscicultura de engorda, separada da de recria, só existe quando é possível adquirir os peixes juvenis de uma piscicultura especializada na recria de alevinos. Se isto não for possível, será necessário que o piscicultor adquira os alevinos de um criatório especializado e, nesse caso, a recria será feita, na mesma fazenda, em conjunto com a engorda, o que poderá ser feito em viveiros de terra ou em tanques-rede.
Por: Engepesca
Foto: Divulgação