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​Fiscais alertam para fraudes em embalagens de camarão; saiba como se proteger


Imagine comprar 400 gramas de camarão congelado em um supermercado e, ao cozinhá-lo, perceber que só há 150 gramas do crustáceo. O resto é gelo. A prática é ilegal, mas ocorre no Brasil. Além do excesso de água, outra queixa recorrente de consumidores é sobre a diferença entre a espécie encontrada dentro da embalagem com a informada no rótulo.
 
 “Muitas vezes, de forma fraudulenta, a indústria informa que o produto embalado é da espécie camarão rosa, que tem um alto valor agregado, quando, na verdade, o que é oferecido é um tipo de menor valor e com características semelhantes”, observa a auditora agropecuária da Divisão de Registro de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Cláudia Leite.
 
 
Para monitorar e combater a prática, a auditora explica que regularmente são feitas operações junto às indústrias e ao comércio, onde são colhidas amostras dos produtos para análise.
 
“Periodicamente, a gente faz coleta de amostra e encaminha para análise de DNA do crustáceo para verificar se aquela espécie que está informada na embalagem é a que realmente está sendo vendida”, explica.
 
Dicas ao consumidor
Carolina Olivares, auditora agropecuária federal que atua na inspeção e fiscalização de indústrias de produtos de origem animal, explica as diferenças entre as espécies do crustáceo.
 
 
“O camarão rosa pode chegar a 18 centímetros, com uma coloração alaranjada e com bastante ‘carne’; já o camarão ‘sete barbas’ tem até 8 centímetros e possui uma cor mais branca e pálida, quando cru”, detalha.
 
A auditora agropecuária elenca ainda outros itens importantes na hora de comprar camarão, como o frescor e o formato do animal, que precisa apresentar uma curvatura natural e rígida, e coloração correspondente à espécie.
 
“É importante o consumidor verificar também a quantidade de gelo na embalagem”, acrescenta. De acordo com o Mapa, o limite para cada embalagem é de 20% de água. Se passar disso, é considerado fraude contra o consumidor.
Por Globo Rural — São Paulo (SP)
Foto: Divulgação