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Fumo dá espaço à criação de peixes em Vera Cruz


​  É em Linha Cipriano de Oliveira, no interior de Vera Cruz, que fica localizada a propriedade da família Zahn. Desde 2006, eles, que sempre tiveram na fumicultura a maior fonte de renda - considerando todas as atividades exercidas na propriedade, passaram a investir na piscicultura. Num espaço de sete hectares estão distribuídos atualmente 11 açudes onde Samuel Zahn, de 42 anos, juntamente com a esposa Luciana, 42, e da filha Daniele, 18, trabalham diariamente para criar peixes de diferentes espécies que abastecem no município as Feiras do Peixe. Carpas capim, húngara, cabeça grande, prateada, tilápia, catfish, jundiá, traíra e pacu fazem parte da criação. “Em 2006, comecei com um açude e depois fui aumentando. Gostamos de trabalhar com peixes”, frisou Samuel.
 
O fumo ainda é o carro-chefe da propriedade, mas, com o tempo, Samuel investe na ampliação das atividades que envolvem a referida criação.
 
Pelo Programa Avançar, via Fundo Estadual de Apoio aos Pequenos Estabelecimentos, o Feaper, a família enviou projeto, amparado pela Emater, e garantiu um aerador para um dos açudes e redes de pesca. “Isso facilitou muito para nós, um recurso que veio em boa hora, pois se não fosse assim, este ano não conseguiríamos adquirir esses equipamentos”, revelou o piscicultor.
 
O areador permite que o oxigênio entre na  água e vai ser colocado em um açude com algo em torno de 500 peixes. É o primeiro da propriedade, mas mais deverão vir no futuro.
Além dos peixes, a propriedade conta com animais como bovinos, suínos e galinhas, estes para consumo próprio, e ainda produz milho na entressafra do fumo.
 
Apoio aos produtores
Como suporte às atividades dos produtores de Vera Cruz está a Emater. O extensionista rural Bruno Flores informou que, pelo Programa Avançar, recursos de R$ 20 mil foram destinados aos piscicultores do município.
Vera Cruz, segundo ele, tem a piscicultura como uma atividade bem forte em 15 propriedades. “Contamos com aproximadamente 15 piscicultores que têm essa atividade como predominante. Pelo projeto, três produtores foram contemplados com os recursos”, explicou.
 
Ainda de acordo com Bruno, na aquicultura  poderiam ser inscritos projetos de R$ 5 a R$ 15 mil. “No Conselho Agropecuário Municipal levantamos potenciais produtores que se encaixavam nos critérios do projeto. Auxiliamos na elaboração do projeto e documentação”, contou.
 
Os produtores terão 80% do valor subsidiado. “O produtor ganha um bônus de adimplência de 80%. Ele paga somente os 20%, que ainda pode ser dividido em cinco anos. É um benefício bem significativo”, avaliou o extensionista.   
 
 
 
Por Jornal Arauto
Foto: Jaqueline Rieck/Jornal Arauto