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Inovações tecnológicas aceleram o crescimento da aquicultura


Desde que surgiu no Brasil oficialmente no final do século XIX, o cooperativismo tem sido fundamental na trajetória de desenvolvimento econômico nacional em diversos setores. Na criação de peixes e camarões, não foi diferente e importantes organizações aceleram o avanço dos criatórios como as mais modernas tecnologias de produção do País.
 
 
O Paraná, por exemplo, que é conhecido como o berço do cooperativismo, se destaca na criação de tilápias em tanques. Segundo Jorge Henrique Cidemar Alab, analista técnico em piscicultura da Superbac, empresa pioneira no mercado brasileiro de soluções em biotecnologia, o estado é um dos mais tecnificados. Prova disso é que há pisciculturas que contam apenas com um funcionário cuidando de 20 hectares de lâminas de água ou até mais.  “Como isso é possível? Com tecnologia. O sistema de propriedades assim é todo automatizado, integrado e pode ser gerenciado de um celular ou de um computador remotamente sem a necessidade de trabalho braçal”, destacou.
 
Entre as ferramentas já disponíveis e utilizadas está o alimentador automático instalado em cada tanque. Com essa solução o produtor faz a programação e o sistema automaticamente distribui a ração no momento e na quantidade certa, dispensando assim a necessidade de fazer esse árduo trabalho manual, ou seja, muito mais prático, eficiente e econômico.
 
Outra inovação importante para o setor hoje é a sonda de oxigênio que atua controlando os aeradores. Seu sistema de funcionamento é simples, porém, de grande relevância. “Na prática essa sonda faz o monitoramento e só vai acionar o aerador quando há necessidade, por falta de oxigênio, por alguma programação ou até mesmo situações de forte calor”, cita o especialista.
 
Assim, o criador além da praticidade, tem outro importante ganho, a economia de energia. “Antes disso muitos produtores, por precaução, deixavam os aeradores ligados a noite toda. Além disso, não faziam o monitoramento do oxigênio, algo que aumentava seus custos de produção”, diz o analista técnico em piscicultura.  “Hoje é diferente, remotamente é possível ligar ou desligar o aerador, vê temperatura e até oxigênio”, completou.
 
Outras tecnologias, ainda mais avançadas, já permitem medir o pH da água, quantidade de amônia e até os nitritos. Ou seja, sem tocar nos tanques os criadores à distância podem ter todos esses dados diretamente no celular. “Também está sendo desenvolvido sistemas para monitoramento do crescimento dos peixes.  São balanças automatizadas instaladas dentro dos tanques e na hora que o peixe passa por elas já registram o peso do animal. E seguem fazendo isso várias vezes durante o dia”, adianta Alab.
 
Nordeste caminha rumo a inovação
 
Assim como o Sul e Sudeste se destacam na piscicultura com o cultivo de tilápias, o Nordeste tem maior vocação para a Carcinicultura, técnica de criação de camarões em viveiros, tendo como principal produtor o Rio Grande do Norte e Ceará. Segundo o especialista da Superbac, embora a região não tenha a mesma força de cooperativismo que outros estados, ela caminha firme rumo à tecnificação da produção. “Esse avanço não aconteceu no mesmo ritmo da piscicultura por uma questão de características, mas hoje já há tecnologias nesse sentido que certamente ajudarão nesse ganho”, diz.
 
Boa parte dessas novas soluções, o produtor poderá ver de perto durante na Feira Nacional do Camarão – Fenacam 23, que acontece de 14 a 17 de novembro, no Centro de Convenções de Natal (RN). Nesta 19ª edição o evento contará em sua programação com simpósios, apresentações técnicas e científicas com a participação de renomados palestrantes nacionais e internacionais, além da presença de diversas empresas do setor.
 
Entre os expositores estará a Superbac, que levará aos visitantes tecnologias para a aquicultura. Entre os destaques da companhia no estande, estará Organpesc, um bioestimulador de aplicação em viveiros de camarões e peixes e para solubilização de nutrientes (Nitrogênio, Fósforo e Potássio) e disponibilização para a proliferação de fitoplânctons (microalgas), as quais servem como suplemento alimentar dos animais criados em cativeiro.
 
“Este é o maior evento do segmento da região, por isso é importante que estejamos lá. O Organpesc é um produto muito utilizado pelos produtores locais, principalmente do Rio Grande do Norte e Ceará, que são os principais criadores de camarões do Brasil”, diz a bióloga, Monique Zorzim, engenheira ambiental e gerente de novos negócios na Superbac.
 
Mais detalhes
 
Na piscicultura, quando se enche o tanque há uma quantidade de fitoplâncton, que seriam as microalgas, zooplâncton e crustáceos microscópicos presentes na água, eles são importantes para o equilíbrio do ecossistema. Caso haja excesso ou escassez pode ser um problema. “O Organpesc vai servir como nutriente para a formação do fitoplânctons e do zooplâncton, por consequência. Ele é um produto de aplicação inicial, para dar um start ao viveiro”, explica a bióloga.
 
Outro produto de destaque da Superbac para o setor é o Bioboost, um bioestimulador de formulação líquida para degradação de matéria orgânica presente em tanques de peixes. Ao controlar a qualidade de água, o bioestimulador proporciona outros benefícios de forma secundária, isso porque, os peixes respondem produtivamente com maior conversão alimentar, melhor crescimento e ficam com o sistema imunológico mais forte. Além disso, o Bioboost possibilita o aumento de densidade populacional do viveiro, a redução de custo com limpeza mecânica e redução no custo com água.
Por: AGROLINK & ASSESSORIA
Foto: Divulgação