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​ Instituto de Pesca publica estudos sobre a conservação dos ecossistemas aquáticos


O Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio dos seus estudos científicos e projetos, tem contribuído para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que preveem ações mundiais em diversas áreas, como, por exemplo, a proteção e o uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres.
 
Neste contexto, o IP desenvolveu um estudo considerando a ictiofauna (comunidades de peixes) de riachos das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), no estado de SP, onde a pressão para converter áreas naturais em áreas urbanas ou de pastagem tem aumentado. Este estudo resultou na publicação do artigo “Ecological and biological patterns of stream fish studies from the Piracicaba-Capivari-Jundiaí Basin (PCJ Basin, SP) assessed through a sys-tematic review’’, na revista Biota Neotropica.
 
O estudo recomenda que mais sub-bacias do PCJ sejam estudadas, considerando também novas abordagens a serem usadas para apoiar o estabelecimento de políticas públicas voltadas à conservação e restauração da biodiversidade remanescente. A Bacia do PCJ também poderia se beneficiar do planejamento de áreas de conservação baseadas em abordagens integradas terrestre-água doce, devido ao máximo de benefícios alcançáveis relacionados a estas análises.
 
De acordo com a pesquisadora do IP Katharina Eichbaum Esteves, além do estudo acima, “temos contribuído com a criação de um banco de dados sobre a biodiversidade aquática global, coordenado por pesquisadores do German Centre for Integrative Biodiversity Research (iDiv), Alemanha, cujos dados estarão disponíveis na publicação “The database of land-use effects on freshwater biodiversity across the globe”. Também temos atuado em colaboração com a Universidade do Tennessee, Estados Unidos, conduzindo uma meta-análise para desvendar as consequências das mudanças no uso da terra nas comunidades de peixes tropicais de água doce”, diz Esteves.
 
Além disso, um terceiro estudo foi desenvolvido em um tipo de rio de Mata Atlântica, os rios de águas pretas, caracteristicamente ricos em ácidos húmicos, e com uma composição de peixes bastante específica. Estas pesquisas foram desenvolvidas dentro de Áreas de Conservação como o Parque Estadual Restingas de Bertioga (PERB), bem como de áreas adjacentes na região costeira do Estado de SP. Estas abordagens indicam que deve se considerar que modificações ambientais, como o uso do solo, podem afetar diretamente as características de água (por exemplo, nível de pH), influenciando as preferências dos peixes pelos diferentes habitats.
 
O que são os ODS?
 
Estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) constituem uma agenda mundial para a construção e implementação de políticas públicas que visam guiar a humanidade até 2030. Adotada em setembro de 2015 – durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável – a agenda é composta por 17 objetivos e 169 metas.
 
Os ODS envolvem temáticas diversificadas como erradicação da pobreza, segurança alimentar e agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização, governança e meios de implementação.
 
 
 
Por Andressa Claudino - Instituto de Pesca
 
Fonte da imagem: Katharina Eichbaum Esteves