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​Noruega vê recuperação do bacalhau no Brasil, mas em ritmo lento


As exportações de bacalhau Gadus morhua para o Brasil mostram recuperação em 2021, apesar da crise de contêineres e rechaços sanitários por teor de umidade em itens secos e salgados. Os dados foram divulgados durante o Webinar Bacalhau da Noruega, realizado pela Seafood From Norway.
 
De acordo com Øystein Valanes, diretor do Conselho Nacional da Pesca no Brasil, as vendas do produto reagiram no mercado brasileiro a partir da reabertura do food service e a necessidade de reposição dos estoques reduzidos em função do primeiro ano pandêmico.
 
 
 
Até setembro de 2021, as exportações de Gadus morhua cresceram 35% até setembro, para 2.883 toneladas, com preço por kg 9% menor que no ano passado. Mesmo com este desempenho, Valanes acredita que o mercado ainda precisa reagir mais. “Falta movimento ao mercado para voltarmos ao normal”, diz.
 
Ele lamentou os duradouros impactos do estrangulamento da alimentação fora do lar no segmento de bacalhau. "Quando os bares e restaurantes fecharam, perdemos a chance de vender o Gadus morhua nos restaurantes e bolinhos de bacalhau, um produto bem conhecido em todo o Brasil. Para nós, estamos dependente de que este setor esteja aberto e funcionando bem."
 
Entraves
Além disso, ele cita como entraves a indisponibilidade e o custo de contêineres em todo o mundo, que também afeta as exportações ao Brasil, e o que considera como uma aplicação incorreta do controle de teor de umidade pelas autoridades brasileiras.
 
Segundo ele, o Conselho já iniciou os trabalhos para retomar as conversas com as autoridades neste ano e começo do ano que vem, “para ter métodos uniformes aplicados tanto na Noruega quanto aqui”. “Temos muito tempo de atraso nas contraprovas. Acho bem possível conseguir um acordo com a autoridade brasileira com base em argumentos científicos e pragmáticos.”
 
Cota transferida para 22?
Também presente no evento, o especialista em pescado do Conselho, ‪Eivind Hestvik Brækkan, fez um alerta sobre a possibilidade de parte da cota de captura para o Gadus morhua ser transferido para 2022. "Há uma possibiidade de transferir 15% da cota deste ano para o ano que vem. Está muito alto para 2021 e deve ser transferido para 2022", cravou.
 
Só a Noruega tem direito a uma cota de 394 mil toneladas em 2021, o que não deve ser alcançado, segundo o especialista. A Rússia, segundo país que mais captura o recurso, ficou com uma cota de 350 mil toneladas para 2021.
Por  Seafood  Brasil
Foto: DivulgaçãoNoruega vê recuperação do bacalhau no Brasil, mas em ritmo lento
 
 
As exportações de bacalhau Gadus morhua para o Brasil mostram recuperação em 2021, apesar da crise de contêineres e rechaços sanitários por teor de umidade em itens secos e salgados. Os dados foram divulgados durante o Webinar Bacalhau da Noruega, realizado pela Seafood From Norway.
 
De acordo com Øystein Valanes, diretor do Conselho Nacional da Pesca no Brasil, as vendas do produto reagiram no mercado brasileiro a partir da reabertura do food service e a necessidade de reposição dos estoques reduzidos em função do primeiro ano pandêmico.
 
 
 
Até setembro de 2021, as exportações de Gadus morhua cresceram 35% até setembro, para 2.883 toneladas, com preço por kg 9% menor que no ano passado. Mesmo com este desempenho, Valanes acredita que o mercado ainda precisa reagir mais. “Falta movimento ao mercado para voltarmos ao normal”, diz.
 
Ele lamentou os duradouros impactos do estrangulamento da alimentação fora do lar no segmento de bacalhau. "Quando os bares e restaurantes fecharam, perdemos a chance de vender o Gadus morhua nos restaurantes e bolinhos de bacalhau, um produto bem conhecido em todo o Brasil. Para nós, estamos dependente de que este setor esteja aberto e funcionando bem."
 
Entraves
Além disso, ele cita como entraves a indisponibilidade e o custo de contêineres em todo o mundo, que também afeta as exportações ao Brasil, e o que considera como uma aplicação incorreta do controle de teor de umidade pelas autoridades brasileiras.
 
Segundo ele, o Conselho já iniciou os trabalhos para retomar as conversas com as autoridades neste ano e começo do ano que vem, “para ter métodos uniformes aplicados tanto na Noruega quanto aqui”. “Temos muito tempo de atraso nas contraprovas. Acho bem possível conseguir um acordo com a autoridade brasileira com base em argumentos científicos e pragmáticos.”
 
Cota transferida para 22?
Também presente no evento, o especialista em pescado do Conselho, ‪Eivind Hestvik Brækkan, fez um alerta sobre a possibilidade de parte da cota de captura para o Gadus morhua ser transferido para 2022. "Há uma possibiidade de transferir 15% da cota deste ano para o ano que vem. Está muito alto para 2021 e deve ser transferido para 2022", cravou.
 
Só a Noruega tem direito a uma cota de 394 mil toneladas em 2021, o que não deve ser alcançado, segundo o especialista. A Rússia, segundo país que mais captura o recurso, ficou com uma cota de 350 mil toneladas para 2021.
Por  Seafood  Brasil
Foto: Divulgação