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Nova tecnologia de Inteligência Artificial pode detectar sintomas precoces de estresse em camarões cultivados
Após dois anos, uma equipe de pesquisadores desenvolveu uma tecnologia de inteligência artificial (IA) que pode detectar e monitorar com sucesso o crescimento, o tamanho da população, a mortalidade e o estresse dos camarões.
O sistema de visão computacional baseado em IA pode contar o número de camarões e medir seu comprimento com precisão de até 95%, o que foi obtido em tempo real e sob condições reais de cultivo (ou seja, sob altas densidades de estoque e em águas turvas). O sistema, que foi desenvolvido por cientistas e engenheiros do Alfred Wegener Institute, Helmholtz Center for Polar and Marine Research (AWI) em colaboração com a Oceanloop, líder em cultivo de camarões, oferece às empresas de aquicultura uma melhor compreensão do desempenho de seus rebanhos, bem como de como cultivar com ética.
“As taxas de mortalidade, que podem variar de 13 a 26% no salmão e podem chegar a 50% no camarão, são substancialmente mais altas do que em qualquer outro tipo de gado”, disse Stephan Ende, coordenador do projeto no AWI. “O monitoramento online permite que as empresas de aquicultura respondam mais rapidamente aos sinais de estresse entre seus estoques.”
O primeiro protótipo foi testado em 2022 na fazenda de P&D da Oceanloop em Kiel, Alemanha. Um smartphone moderno, instalado acima da superfície da água, fotografava automaticamente o camarão uma vez por minuto e transferia os dados ao vivo para um servidor local. Em seguida, algoritmos baseados em visão computacional foram usados para contar o número de camarões em cada imagem e medir o comprimento de cada camarão.
As informações resultantes seriam fornecidas ao pacote de software de piscicultura AquaManager®, possibilitando a otimização de modelos de crescimento e alimentação com base em dados ao vivo. Além disso, o grupo conseguiu detectar visualmente sintomas de estresse no camarão.
“Essa função é usada como um sistema de alerta precoce, mas também para validar nosso modelo de densidade de estoque”, disse Bert Wecker, co-CEO da Oceanloop. “Esta tecnologia de ponta nos permite determinar com mais precisão a densidade para cada grupo de tamanho, o que melhora as taxas de sobrevivência, crescimento e eficiência alimentar.”
A nova tecnologia foi desenvolvida para atender às necessidades das fazendas de camarão terrestres da Europa, que estão cada vez mais focadas em melhorar a sustentabilidade e o bem-estar animal.
O desenvolvimento dessa tecnologia de IA representa um marco importante no caminho para a carcinicultura em escala industrial. A Oceanloop planeja expandir significativamente suas capacidades na Europa até 2027, construindo a maior e mais sustentável fazenda de camarão terrestre do mundo, com um volume de produção anual de mais de 2.000 toneladas métricas.
“A capacidade de monitorar o crescimento e a saúde do camarão com dados ao vivo em tempo real ajudará, por um lado, a reduzir o risco na aquicultura”, disse Fabian Riedel, co-fundador e co-CEO da Oceanloop. “Ao mesmo tempo, oferecerá total transparência em relação à biomassa, possibilitando otimizar a cadeia de valor desde o cultivo até o processamento e a venda.”
Por Aquaculture Brasil
Foto: Divulgação
O sistema de visão computacional baseado em IA pode contar o número de camarões e medir seu comprimento com precisão de até 95%, o que foi obtido em tempo real e sob condições reais de cultivo (ou seja, sob altas densidades de estoque e em águas turvas). O sistema, que foi desenvolvido por cientistas e engenheiros do Alfred Wegener Institute, Helmholtz Center for Polar and Marine Research (AWI) em colaboração com a Oceanloop, líder em cultivo de camarões, oferece às empresas de aquicultura uma melhor compreensão do desempenho de seus rebanhos, bem como de como cultivar com ética.
“As taxas de mortalidade, que podem variar de 13 a 26% no salmão e podem chegar a 50% no camarão, são substancialmente mais altas do que em qualquer outro tipo de gado”, disse Stephan Ende, coordenador do projeto no AWI. “O monitoramento online permite que as empresas de aquicultura respondam mais rapidamente aos sinais de estresse entre seus estoques.”
O primeiro protótipo foi testado em 2022 na fazenda de P&D da Oceanloop em Kiel, Alemanha. Um smartphone moderno, instalado acima da superfície da água, fotografava automaticamente o camarão uma vez por minuto e transferia os dados ao vivo para um servidor local. Em seguida, algoritmos baseados em visão computacional foram usados para contar o número de camarões em cada imagem e medir o comprimento de cada camarão.
As informações resultantes seriam fornecidas ao pacote de software de piscicultura AquaManager®, possibilitando a otimização de modelos de crescimento e alimentação com base em dados ao vivo. Além disso, o grupo conseguiu detectar visualmente sintomas de estresse no camarão.
“Essa função é usada como um sistema de alerta precoce, mas também para validar nosso modelo de densidade de estoque”, disse Bert Wecker, co-CEO da Oceanloop. “Esta tecnologia de ponta nos permite determinar com mais precisão a densidade para cada grupo de tamanho, o que melhora as taxas de sobrevivência, crescimento e eficiência alimentar.”
A nova tecnologia foi desenvolvida para atender às necessidades das fazendas de camarão terrestres da Europa, que estão cada vez mais focadas em melhorar a sustentabilidade e o bem-estar animal.
O desenvolvimento dessa tecnologia de IA representa um marco importante no caminho para a carcinicultura em escala industrial. A Oceanloop planeja expandir significativamente suas capacidades na Europa até 2027, construindo a maior e mais sustentável fazenda de camarão terrestre do mundo, com um volume de produção anual de mais de 2.000 toneladas métricas.
“A capacidade de monitorar o crescimento e a saúde do camarão com dados ao vivo em tempo real ajudará, por um lado, a reduzir o risco na aquicultura”, disse Fabian Riedel, co-fundador e co-CEO da Oceanloop. “Ao mesmo tempo, oferecerá total transparência em relação à biomassa, possibilitando otimizar a cadeia de valor desde o cultivo até o processamento e a venda.”
Por Aquaculture Brasil
Foto: Divulgação