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Peixes introduzidos causam desequilíbrio em ecossistemas onde não são nativos
A prática da pesca esportiva, onde se fisga o peixe e o devolve para a água, é muito exercida pelos brasileiros. Entre tantas espécies cobiças pelos pescadores, algumas se destacam principalmente pela voracidade.
Geralmente viagens e expedições de pesca são sempre em busca dos peixões que duelam bastante, como por exemplo, os tucunarés, principalmente o fogo e o açu. Mas o amarelo e o azul também estão no foco dos aventureiros.
Todos as espécies de tucunarés são nativas da bacia amazônica, Araguaia-Tocantins. Mas como explicar então a presença de alguns deles em estados como São Paulo e Minas Gerais? A resposta é uma só: o peixe foi introduzido nesses locais.
“O homem fez isso, achando que devia trazer mais pra próximo de sua propriedade indivíduos de tucunaré. Assim, trouxe ovos, alevinos, que são mais fáceis de transportar e simplesmente soltaram nesse novo ambiente onde nunca existiram antes”, explica José Sávio Colares de Melo, analista ambiental do ICMbio/ Cepta (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Aquática Continental)
Mas ao introduzir a espécie em um local onde ela não ocorre, o homem ao invés de fazer o bem, está, na realidade, prejudicando a própria natureza.
“Essa introdução causa um grande prejuízo do ponto de vista ambiental. E em um futuro mais distante vão detectar também que economicamente e socialmente ele tem um impacto negativo”, acrescenta José Sávio.
Os tucunarés foram introduzidos primeiramente no Nordeste do país na década de 60 e anos depois o mesmo ocorreu nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
“Nas bacias do Nordeste talvez até justificasse porque a maioria são açudes que tem múltiplos usos. Um dos usos múltiplos dos açudes no Nordeste é a produção de alimento para as populações que convivem mais com a seca, então talvez justificasse do ponto de vista social”, acrescenta José Sávio.
A introdução da espécie em outras localidades é considerada proibida e por isso a legislação é esclarecedora aos pescadores que fisgam o peixe invasor.
“O ideal é que você leve consigo aquele peixe que você retirou já que eles não são nativos daquela bacia. Abatidos para que não tenha nenhum potencial de retorno para o ecossistema. Assim você está contribuindo para a redução da população e talvez algum dia para o equilíbrio desse ecossistema”, explica Luciana Carvalho Crema, Analista Ambiental do ICMbio/ Cepta.
Os analistas acreditam que para evitar o aumento das espécies invasoras seja ideal realizar uma campanha nacional de conscientização. Algumas legislações preveem que o período de defeso em algumas regiões pode ser continuada a pesca de peixes que não são nativos daquela bacia para evitar o aumento da população dos invasores.
Além do tucunaré, outras espécies estão na lista de potenciais invasoras, como carpa, tilápia, bagre-africano, pacu-cd, cascudo-pintado e corvina.
Fonte: G1
Foto: Divulgação
Geralmente viagens e expedições de pesca são sempre em busca dos peixões que duelam bastante, como por exemplo, os tucunarés, principalmente o fogo e o açu. Mas o amarelo e o azul também estão no foco dos aventureiros.
Todos as espécies de tucunarés são nativas da bacia amazônica, Araguaia-Tocantins. Mas como explicar então a presença de alguns deles em estados como São Paulo e Minas Gerais? A resposta é uma só: o peixe foi introduzido nesses locais.
“O homem fez isso, achando que devia trazer mais pra próximo de sua propriedade indivíduos de tucunaré. Assim, trouxe ovos, alevinos, que são mais fáceis de transportar e simplesmente soltaram nesse novo ambiente onde nunca existiram antes”, explica José Sávio Colares de Melo, analista ambiental do ICMbio/ Cepta (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Aquática Continental)
Mas ao introduzir a espécie em um local onde ela não ocorre, o homem ao invés de fazer o bem, está, na realidade, prejudicando a própria natureza.
“Essa introdução causa um grande prejuízo do ponto de vista ambiental. E em um futuro mais distante vão detectar também que economicamente e socialmente ele tem um impacto negativo”, acrescenta José Sávio.
Os tucunarés foram introduzidos primeiramente no Nordeste do país na década de 60 e anos depois o mesmo ocorreu nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
“Nas bacias do Nordeste talvez até justificasse porque a maioria são açudes que tem múltiplos usos. Um dos usos múltiplos dos açudes no Nordeste é a produção de alimento para as populações que convivem mais com a seca, então talvez justificasse do ponto de vista social”, acrescenta José Sávio.
A introdução da espécie em outras localidades é considerada proibida e por isso a legislação é esclarecedora aos pescadores que fisgam o peixe invasor.
“O ideal é que você leve consigo aquele peixe que você retirou já que eles não são nativos daquela bacia. Abatidos para que não tenha nenhum potencial de retorno para o ecossistema. Assim você está contribuindo para a redução da população e talvez algum dia para o equilíbrio desse ecossistema”, explica Luciana Carvalho Crema, Analista Ambiental do ICMbio/ Cepta.
Os analistas acreditam que para evitar o aumento das espécies invasoras seja ideal realizar uma campanha nacional de conscientização. Algumas legislações preveem que o período de defeso em algumas regiões pode ser continuada a pesca de peixes que não são nativos daquela bacia para evitar o aumento da população dos invasores.
Além do tucunaré, outras espécies estão na lista de potenciais invasoras, como carpa, tilápia, bagre-africano, pacu-cd, cascudo-pintado e corvina.
Fonte: G1
Foto: Divulgação