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Pesca da piracatinga é proibida para proteger boto cor-de-rosa
O Ministério da Pesca e Aquicultura (MAP) proibiu em todo o país a pesca, armazenagem e comercialização da piracatinga (Calophysus macropterus), também conhecida como pintadinha, urubu d´água ou douradinha. A medida visa proteger o boto-cor-de rosa, que está em risco de extinção, cuja carne é usada como isca.
A proibição foi formalizada pela portaria assinada junto com os Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima publicada no Diário Oficial da União. A portaria só permite a captura da piracatinga em duas hipóteses: para pesquisa ou para a chamada pesca de subsistência, em que o pescador é autorizado a levar até 5 kg.
A medida, segundo o texto, poderá ser reavaliada em até três anos com base em dados científicos que demonstrem a sustentabilidade da atividade pesqueira. Na ausência ou insuficiência desses dados, será aplicado o princípio da precaução e a proibição será mantida.
A piracatinga é um peixe-liso, sem escamas, com tamanho máximo de 40 centímetros, abundante na bacia Amazônica. Sua denominação de urubu d'água doce vem da habilidade de localizar restos mortais humanos ou animais.
Importância do boto
Além de exercerem um papel cultural, espiritual e até econômico na Amazônia, por serem atração turística nos rios da região, os botos desempenham um papel importante para a manutenção do bioma. Eles têm um papel crucial na avaliação da saúde dos ecossistemas de água doce.
Como verdadeiros indicadores ambientais, sua presença e abundância refletem diretamente a qualidade da água, a disponibilidade de alimento e a integridade dos habitats aquáticos. Por isso, segundo o Ministério, monitorar a população desses cetáceos pode fornecer valiosas informações sobre a saúde geral do bioma amazônico.
Além disso, os botos, que são mamíferos aquáticos, ocupam uma posição de destaque na cadeia alimentar dos rios amazônicos. Como são predadores de topo, desempenham um papel fundamental no controle das populações de peixes e outros animais aquáticos. Além disso, são presas para outros predadores, como jacarés e onças, contribuindo para a manutenção do equilíbrio do ecossistema.
Ao se movimentar nos rios, o boto-cor-de-rosa também ajuda na dispersão de sementes de plantas aquáticas, desempenhando um importante papel na polinização e reprodução de espécies vegetais.
Por Globo Rural — São Paulo
Foto: Divulgação
A proibição foi formalizada pela portaria assinada junto com os Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima publicada no Diário Oficial da União. A portaria só permite a captura da piracatinga em duas hipóteses: para pesquisa ou para a chamada pesca de subsistência, em que o pescador é autorizado a levar até 5 kg.
A medida, segundo o texto, poderá ser reavaliada em até três anos com base em dados científicos que demonstrem a sustentabilidade da atividade pesqueira. Na ausência ou insuficiência desses dados, será aplicado o princípio da precaução e a proibição será mantida.
A piracatinga é um peixe-liso, sem escamas, com tamanho máximo de 40 centímetros, abundante na bacia Amazônica. Sua denominação de urubu d'água doce vem da habilidade de localizar restos mortais humanos ou animais.
Importância do boto
Além de exercerem um papel cultural, espiritual e até econômico na Amazônia, por serem atração turística nos rios da região, os botos desempenham um papel importante para a manutenção do bioma. Eles têm um papel crucial na avaliação da saúde dos ecossistemas de água doce.
Como verdadeiros indicadores ambientais, sua presença e abundância refletem diretamente a qualidade da água, a disponibilidade de alimento e a integridade dos habitats aquáticos. Por isso, segundo o Ministério, monitorar a população desses cetáceos pode fornecer valiosas informações sobre a saúde geral do bioma amazônico.
Além disso, os botos, que são mamíferos aquáticos, ocupam uma posição de destaque na cadeia alimentar dos rios amazônicos. Como são predadores de topo, desempenham um papel fundamental no controle das populações de peixes e outros animais aquáticos. Além disso, são presas para outros predadores, como jacarés e onças, contribuindo para a manutenção do equilíbrio do ecossistema.
Ao se movimentar nos rios, o boto-cor-de-rosa também ajuda na dispersão de sementes de plantas aquáticas, desempenhando um importante papel na polinização e reprodução de espécies vegetais.
Por Globo Rural — São Paulo
Foto: Divulgação