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​Pescadores do Pará pedem apoio em meio à seca no Norte do país


Parlamentares paraenses pediram ajuda aos pescadores locais, nos mesmos moldes das medidas preparadas para os profissionais dos demais Estados da região Norte.
 
Segundo os dados do Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), existem 184.574 pescadores ativos no Pará. Outros 62.875 pediram o registro e ainda aguardam a análise da documentação.
 
Uma das medidas em relação ao Acre, Rondônia e Amazonas será a concessão de dois meses de um auxílio no mesmo valor do seguro defeso para os pescadores registrados que estão na lista de beneficiários do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). "Os pescadores afetados terão direito a dois meses adicionais de seguro defeso. No entanto, esse é um processo que envolve uma série de detalhes técnicos", explicou o ministro.
 
O vereador Jander Ilson, de Santarém (PA), cidade que fica na margem da junção dos rios Tapajós e Amazonas, disse ao ministro que a situação no Estado é grave. "Não há diferença [entre Pará e Amazonas]. Estamos enfrentando uma situação extremamente complicada, e buscando apoio para nossos pescadores artesanais", disse na reunião com o ministro.
 
 
"O Amazonas enfrentou a seca antes de nós, mas agora também chegou ao nosso estado", argumentou o deputado Henderson Pinto (MDB-PA). O ministro André de Paula disse que o trâmite para encontrar ajuda aos pescadores paraenses pode ser mais rápido.
 
Segundo o ministério, a seca dos rios na bacia amazônica é causada pela estiagem na nascente, que fica nos Andes peruanos. Quando a chuva falta lá, leva cerca de 30 dias para os grandes rios brasileiros sentirem os efeitos. A seca evolui a partir do Acre até a foz, na ilha de Marajó, no litoral norte do Pará.
Por Rafael Walendorff — Brasília
Foto: REUTERS/Bruno Kelly