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Pesquisa aponta alternativas para tratamento de doenças cardiovasculares com substâncias extraídas de camarões e algas
Substâncias extraídas de camarões e algas marinhas podem trazer soluções mais econômicas e eficientes para o tratamento de doenças cardiovasculares. É o que mostra um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará em parceria com a Universidade de Laval, no Canadá, e que compõe um livro internacional recém-lançado com artigos produzidos por cerca de 90 professores e pesquisadores de 12 países.
O estudo "Biopolymer-based coatings for cardiovascular applications" ("Revestimentos à base de biopolímeros para aplicações cardiovasculares") mostra que materiais como quitosana, agarana e carrageana, que são polímeros extraídos de camarões e algas, são fonte para substâncias (chamadas de polissacarídeos sulfatados) que podem atingir propriedades semelhantes ou até melhoradas em relação à heparina, o anticoagulante mais utilizado atualmente.
O artigo é assinado pelo Prof. Rodrigo Silveira Vieira, do Departamento de Engenharia Química da UFC, e por suas orientandas Anaftália Felismino Morais (doutorado) e Sandy Danielle Lucindo Gomes (mestrado), juntamente com pesquisadores da Universidade de Laval, na qual Vieira atua como professor associado.
"Esses materiais apresentam como principal vantagem o custo, comparado aos anticoagulantes comerciais (principalmente a heparina, anticoagulante natural), e ainda a possibilidade de revestir superfícies metálicas que compõem dispositivos cardiovasculares (principalmente stents metálicos)", explica o professor. Os stents (ou estentes) são próteses inseridas no organismo para restaurar o fluxo sanguíneo.
Segundo o professor, as etapas seguintes da pesquisa incluem estudar esses revestimentos em condições de fluxo que simulem a dinâmica do corpo humano, e avaliar aspectos relativos à diminuição da corrosão para estas superfícies revestidas. O estudo conta com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
LIVRO – O Prof. Rodrigo Silveira Vieira é também um dos organizadores do livro Biopolymer Membranes and Films: Health, Food, Environment, and Energy Applications, no qual o artigo está inserido e que trata de possibilidades de aplicação de membranas e filmes de polímeros naturais nas áreas de saúde, alimentos, meio ambiente e energia. Silveira organizou a publicação com professores da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Disponível na editora Elsevier, o livro traz vinte e cinco capítulos escritos por professores e pesquisadores do Brasil, Argentina, Canadá, China, Chipre, Espanha, Irã, Malásia, México, Polônia, Portugal e Turquia, distribuídos em trinta e sete instituições. "Trata-se de um livro que poderá ser usado como uma referência para pesquisadores e estudantes que procuram aplicações de ponta de biopolímeros", explica.
Fonte: Prof. Rodrigo Silveira Vieira – e-mail: rodrigo@gpsa.ufc.br
Foto: Divulgação
O estudo "Biopolymer-based coatings for cardiovascular applications" ("Revestimentos à base de biopolímeros para aplicações cardiovasculares") mostra que materiais como quitosana, agarana e carrageana, que são polímeros extraídos de camarões e algas, são fonte para substâncias (chamadas de polissacarídeos sulfatados) que podem atingir propriedades semelhantes ou até melhoradas em relação à heparina, o anticoagulante mais utilizado atualmente.
O artigo é assinado pelo Prof. Rodrigo Silveira Vieira, do Departamento de Engenharia Química da UFC, e por suas orientandas Anaftália Felismino Morais (doutorado) e Sandy Danielle Lucindo Gomes (mestrado), juntamente com pesquisadores da Universidade de Laval, na qual Vieira atua como professor associado.
"Esses materiais apresentam como principal vantagem o custo, comparado aos anticoagulantes comerciais (principalmente a heparina, anticoagulante natural), e ainda a possibilidade de revestir superfícies metálicas que compõem dispositivos cardiovasculares (principalmente stents metálicos)", explica o professor. Os stents (ou estentes) são próteses inseridas no organismo para restaurar o fluxo sanguíneo.
Segundo o professor, as etapas seguintes da pesquisa incluem estudar esses revestimentos em condições de fluxo que simulem a dinâmica do corpo humano, e avaliar aspectos relativos à diminuição da corrosão para estas superfícies revestidas. O estudo conta com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
LIVRO – O Prof. Rodrigo Silveira Vieira é também um dos organizadores do livro Biopolymer Membranes and Films: Health, Food, Environment, and Energy Applications, no qual o artigo está inserido e que trata de possibilidades de aplicação de membranas e filmes de polímeros naturais nas áreas de saúde, alimentos, meio ambiente e energia. Silveira organizou a publicação com professores da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Disponível na editora Elsevier, o livro traz vinte e cinco capítulos escritos por professores e pesquisadores do Brasil, Argentina, Canadá, China, Chipre, Espanha, Irã, Malásia, México, Polônia, Portugal e Turquia, distribuídos em trinta e sete instituições. "Trata-se de um livro que poderá ser usado como uma referência para pesquisadores e estudantes que procuram aplicações de ponta de biopolímeros", explica.
Fonte: Prof. Rodrigo Silveira Vieira – e-mail: rodrigo@gpsa.ufc.br
Foto: Divulgação