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Pesquisadores da Unipampa apresentam projetos para melhorar eficiência do cultivo de peixes no RS
Produção de peixes com baixa renovação de água: desenvolvendo e aplicando tecnologias foi o tema da apresentação de pesquisadores em engenharia aquícola da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) - campus Uruguaiana e de empreendedores de piscicultura gaúchos no dia 31 de agosto às 15h10 no RS Innovation Agro da Expointer 2023, em Esteio (RS).
No laboratório da Unipampa, coordenado pelo professor Gabriel Bernardes Martins, a busca é por mais eficiência no cultivo aquícola intensivo em meio aos bioflocos (BFT), sistema que vem sendo amplamente utilizado em tilápias e camarões nos últimos anos. Os projetos do laboratório incluem utilização de biorreatores anaeróbios para estabilizar a qualidade da água e reduzir o consumo energético, desenvolvimento de meio de cultura específico para crescimento dos grupos de bactérias nos biorreatores, de um oxigeno-reator para remoção de sólidos e aumento na concentração de oxigênio dissolvido e de um sistema automatizado para análise de qualidade de água por imagens com inteligência artificial.
Segundo o professor, o sistema de bioflocos atende as principais demandas mundiais de sustentabilidade relacionadas ao melhor uso da água, nutrientes e áreas agricultáveis, bem estar animal e biossegurança. “Devido a sua alta produtividade, é possível utilizar estufas agrícolas, que por sua vez, colaboram para a estabilidade térmica da água, sendo uma excelente alternativa para regiões subtropicais e temperadas, como o RS, possibilitando o melhor escalonamento da produção durante o ano”. A partir dos resultados obtidos, como uma densidade de juvenis de tilápias (foto) podendo chegar a 25 kg/m3, quando geralmente fica entre 10 a 15 kg/m3, Martins diz que serão desenvolvidos produtos em parcerias com empresas e startups, para facilitar a transferência de tecnologias ao setor produtivo.
Os demais envolvidos nos projetos participam da apresentação, sendo eles o técnico zootecnista da Unipampa, Cristiano Miguel Stefanello, e o empreendedor da startup Meat Science, Leandro Lunardini Cardoso. A CEO de peiX)aria conexão e negócios de pescado no RS, Maria Elisabete Haase-Möllmann, foi convidada por Martins para falar sobre o potencial das tecnologias no mercado, sobre facilidades que possuem para o licenciamento da atividade de piscicultura e sua contribuição na organização da cadeia produtiva no Estado.
Saiba mais sobre os participantes:
* Gabriel Bernardes Martins - Doutor em Aquicultura pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), professor adjunto na Unipampa/Campus Uruguaiana
http://lattes.cnpq.br/2270064758363665
* Leandro Lunardini Cardoso Brasil - Doutor em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
http://lattes.cnpq.br/6315941296119841
* Cristiano Miguel Stefanello - Mestre em Produção Animal pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e servidor técnico-administrativo zootecnista na Unipampa/campus Uruguaiana
http://lattes.cnpq.br/4372129538180540
* Maria Elisabete Haase-Möllmann, Doutora em Química e CEO de peiX)aria
http://lattes.cnpq.br/8027815386730167 e www.peixaria.net
Saiba mais sobre o sistema BFT:
Dentre as novas tecnologias de produção em estudo e que já estão sendo utilizadas atualmente na produção intensiva de peixes em sistemas fechados, destaca-se o sistema de cultivo em meio aos bioflocos (BFT), formados por agregados de bactérias, ciliados, flagelados, rotíferos e frústulas de diatomáceas, entre outros microrganismos. O princípio do sistema BFT está na transformação dos compostos nitrogenados dissolvidos na água, os quais são tóxicos em concentrações elevadas, através dos microrganismos presentes nos bioflocos, mediante a adição de fontes de carbono no sistema de cultivo (melaço, dextrose, farelo, entre outros) e consequente aumento da biomassa microbiana.
Outro importante aspecto em relação aos agregados microbianos é o melhor aproveitamento dos nutrientes originados pelos bioflocos e pela ração não consumida pelos peixes, possibilitando aumento da produtividade primária, melhoria da conversão alimentar e diminuição da quantidade de proteína bruta fornecida nas rações.
Por Tatiana de Oliveira Petry
* Texto encaminhado pela jornalista Maria Inês Möllmann
*Foto: Divulgação Laboratório N Concept / Engenharia Aquicultura / Unipampa
No laboratório da Unipampa, coordenado pelo professor Gabriel Bernardes Martins, a busca é por mais eficiência no cultivo aquícola intensivo em meio aos bioflocos (BFT), sistema que vem sendo amplamente utilizado em tilápias e camarões nos últimos anos. Os projetos do laboratório incluem utilização de biorreatores anaeróbios para estabilizar a qualidade da água e reduzir o consumo energético, desenvolvimento de meio de cultura específico para crescimento dos grupos de bactérias nos biorreatores, de um oxigeno-reator para remoção de sólidos e aumento na concentração de oxigênio dissolvido e de um sistema automatizado para análise de qualidade de água por imagens com inteligência artificial.
Segundo o professor, o sistema de bioflocos atende as principais demandas mundiais de sustentabilidade relacionadas ao melhor uso da água, nutrientes e áreas agricultáveis, bem estar animal e biossegurança. “Devido a sua alta produtividade, é possível utilizar estufas agrícolas, que por sua vez, colaboram para a estabilidade térmica da água, sendo uma excelente alternativa para regiões subtropicais e temperadas, como o RS, possibilitando o melhor escalonamento da produção durante o ano”. A partir dos resultados obtidos, como uma densidade de juvenis de tilápias (foto) podendo chegar a 25 kg/m3, quando geralmente fica entre 10 a 15 kg/m3, Martins diz que serão desenvolvidos produtos em parcerias com empresas e startups, para facilitar a transferência de tecnologias ao setor produtivo.
Os demais envolvidos nos projetos participam da apresentação, sendo eles o técnico zootecnista da Unipampa, Cristiano Miguel Stefanello, e o empreendedor da startup Meat Science, Leandro Lunardini Cardoso. A CEO de peiX)aria conexão e negócios de pescado no RS, Maria Elisabete Haase-Möllmann, foi convidada por Martins para falar sobre o potencial das tecnologias no mercado, sobre facilidades que possuem para o licenciamento da atividade de piscicultura e sua contribuição na organização da cadeia produtiva no Estado.
Saiba mais sobre os participantes:
* Gabriel Bernardes Martins - Doutor em Aquicultura pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), professor adjunto na Unipampa/Campus Uruguaiana
http://lattes.cnpq.br/2270064758363665
* Leandro Lunardini Cardoso Brasil - Doutor em Zootecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
http://lattes.cnpq.br/6315941296119841
* Cristiano Miguel Stefanello - Mestre em Produção Animal pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e servidor técnico-administrativo zootecnista na Unipampa/campus Uruguaiana
http://lattes.cnpq.br/4372129538180540
* Maria Elisabete Haase-Möllmann, Doutora em Química e CEO de peiX)aria
http://lattes.cnpq.br/8027815386730167 e www.peixaria.net
Saiba mais sobre o sistema BFT:
Dentre as novas tecnologias de produção em estudo e que já estão sendo utilizadas atualmente na produção intensiva de peixes em sistemas fechados, destaca-se o sistema de cultivo em meio aos bioflocos (BFT), formados por agregados de bactérias, ciliados, flagelados, rotíferos e frústulas de diatomáceas, entre outros microrganismos. O princípio do sistema BFT está na transformação dos compostos nitrogenados dissolvidos na água, os quais são tóxicos em concentrações elevadas, através dos microrganismos presentes nos bioflocos, mediante a adição de fontes de carbono no sistema de cultivo (melaço, dextrose, farelo, entre outros) e consequente aumento da biomassa microbiana.
Outro importante aspecto em relação aos agregados microbianos é o melhor aproveitamento dos nutrientes originados pelos bioflocos e pela ração não consumida pelos peixes, possibilitando aumento da produtividade primária, melhoria da conversão alimentar e diminuição da quantidade de proteína bruta fornecida nas rações.
Por Tatiana de Oliveira Petry
* Texto encaminhado pela jornalista Maria Inês Möllmann
*Foto: Divulgação Laboratório N Concept / Engenharia Aquicultura / Unipampa