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Representante da FAO apresenta situação e perspectivas da pesca no mundo
A Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Pesca (IP-APTA), realizou a live “Situação e perspectivas da pesca no mundo e a sua importância”, que contou com o convidado especial Marcio Castro de Souza, Oficial Sênior de Pesca da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) para questões comerciais. O evento online pode ser assistido no Youtube da Secretaria, clicando aqui.
O evento que foi coordenado e mediado pela pesquisadora do IP, Érika Fabiane Furlan, especialista em desenvolvimento e valorização de produtos da pesca e aquicultura, e teve a participação de Ingrid Cabral, especialista em etnoecologia e gestão da pesca artesanal; Paula Maria Genova de Castro Campanha, que coordenou vários projetos de pesquisa sobre a pesca continental, biologia pesqueira e socioeconômica da pesca, e Jocemar Tomasino Mendonça, com forte atuação em gestão pesqueira do litoral paulista, todos pesquisadores do Instituto de Pesca, que estão à frente de ações junto às comunidades de pescadores do estado de São Paulo.
O tema da apresentação foi a situação e as perspectivas da pesca no mundo e a sua importância, principalmente ao que se refere às particularidades da pesca em pequena escala e aos recentes desafios diante da Covid-19. Souza explicou, inicialmente, os importantes conteúdos do SOFIA 2020 (State of The World Fisheries and Aquaculture), documento lançado em junho, que apresenta dados, informações e análises dos setores de pesca e aquicultura em todo o mundo, que nesta edição também tratou dos impactos da pandemia sobre as cadeias produtivas do pescado.
O oficial sênior da FAO compartilhou dados de pesquisa que revelam que as participações no mercado internacional de proteína animal são de 20% para carne bovina, 15% de porco e frango e 50% de pescado. Segundo ele, este alto número se dá em virtude da diversidade de espécies que o pescado oferece, se comparado às outras proteínas animais, o que gera um grande fluxo comercial, conforme pesquisa realizada pela Rabobank, multinacional holandesa bancária e de serviços financeiros, que lidera mundialmente serviços de financiamento para alimentação, agro financiamento e sustentabilidade.
live FAO
A importância do setor pesqueiro de pequena escala foi ressaltada, já que responde por mais de 50% da produção pesqueira, provendo pescado para consumo humano local, geração de empregos – 90% das pessoas que trabalham no setor – e inclusão de gênero – mais de 50% são mulheres atuando na comercialização e no processamento –, iluminando os aspectos social, ambiental, cultural e de segurança alimentar, intimamente relacionados ao pescado artesanal.
Souza explicou que todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), de uma forma ou outra, são relacionáveis ao setor de pesca, assim como são associados a todos os cidadãos do mundo e não só aos governos e às Nações Unidas. “Na Europa temos inúmeras empresas de pescado que já colocam na embalagem ‘Estamos contribuindo para o ODS tal' e fornecendo código de acesso online, que disponibiliza todos os detalhes da cadeia de produção que gerou o produto’, o que revela sua responsabilidade social e sustentável”. Segundo o Oficial da FAO, “2022 será o ano internacional da pesca e aquicultura”.
Os pesquisadores do Instituto de Pesca compartilharam informações sobre a pesca artesanal e de pequena escala no estado, situações que se repetem por quase todo o país, como a escassez de dados quanto às pescarias, em especial de água doce, a legislação voltada a atender à indústria e ainda como a pandemia da Covid–19 impactou as comunidades pesqueiras no país.
Para Furlan, a motivação para o evento foi aproveitar a oportunidade da comunicação facilitada que a pandemia proporcionou, a fim de propor o compartilhamento de ideias sobre a Pesca de Pequena Escala e discutir, conjuntamente, caminhos mais justos para os profissionais da pesca e a valorização do pescado, proteína tão aclamada mundialmente pela sua importância para a Segurança Alimentar e Nutricional.
“Acredito que o propósito foi cumprido, pois tivemos uma grande participação de servidores dos Institutos de Pesquisa e demais coordenadorias da Secretaria de Agricultura, entre eles pesquisadores, técnicos e extensionistas, além da participação de profissionais e estudantes de variadas instituições e universidades da federação”, disse a pesquisadora.
Por: Assessoria de Comunicação - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Foto: Divulgação
O evento que foi coordenado e mediado pela pesquisadora do IP, Érika Fabiane Furlan, especialista em desenvolvimento e valorização de produtos da pesca e aquicultura, e teve a participação de Ingrid Cabral, especialista em etnoecologia e gestão da pesca artesanal; Paula Maria Genova de Castro Campanha, que coordenou vários projetos de pesquisa sobre a pesca continental, biologia pesqueira e socioeconômica da pesca, e Jocemar Tomasino Mendonça, com forte atuação em gestão pesqueira do litoral paulista, todos pesquisadores do Instituto de Pesca, que estão à frente de ações junto às comunidades de pescadores do estado de São Paulo.
O tema da apresentação foi a situação e as perspectivas da pesca no mundo e a sua importância, principalmente ao que se refere às particularidades da pesca em pequena escala e aos recentes desafios diante da Covid-19. Souza explicou, inicialmente, os importantes conteúdos do SOFIA 2020 (State of The World Fisheries and Aquaculture), documento lançado em junho, que apresenta dados, informações e análises dos setores de pesca e aquicultura em todo o mundo, que nesta edição também tratou dos impactos da pandemia sobre as cadeias produtivas do pescado.
O oficial sênior da FAO compartilhou dados de pesquisa que revelam que as participações no mercado internacional de proteína animal são de 20% para carne bovina, 15% de porco e frango e 50% de pescado. Segundo ele, este alto número se dá em virtude da diversidade de espécies que o pescado oferece, se comparado às outras proteínas animais, o que gera um grande fluxo comercial, conforme pesquisa realizada pela Rabobank, multinacional holandesa bancária e de serviços financeiros, que lidera mundialmente serviços de financiamento para alimentação, agro financiamento e sustentabilidade.
live FAO
A importância do setor pesqueiro de pequena escala foi ressaltada, já que responde por mais de 50% da produção pesqueira, provendo pescado para consumo humano local, geração de empregos – 90% das pessoas que trabalham no setor – e inclusão de gênero – mais de 50% são mulheres atuando na comercialização e no processamento –, iluminando os aspectos social, ambiental, cultural e de segurança alimentar, intimamente relacionados ao pescado artesanal.
Souza explicou que todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), de uma forma ou outra, são relacionáveis ao setor de pesca, assim como são associados a todos os cidadãos do mundo e não só aos governos e às Nações Unidas. “Na Europa temos inúmeras empresas de pescado que já colocam na embalagem ‘Estamos contribuindo para o ODS tal' e fornecendo código de acesso online, que disponibiliza todos os detalhes da cadeia de produção que gerou o produto’, o que revela sua responsabilidade social e sustentável”. Segundo o Oficial da FAO, “2022 será o ano internacional da pesca e aquicultura”.
Os pesquisadores do Instituto de Pesca compartilharam informações sobre a pesca artesanal e de pequena escala no estado, situações que se repetem por quase todo o país, como a escassez de dados quanto às pescarias, em especial de água doce, a legislação voltada a atender à indústria e ainda como a pandemia da Covid–19 impactou as comunidades pesqueiras no país.
Para Furlan, a motivação para o evento foi aproveitar a oportunidade da comunicação facilitada que a pandemia proporcionou, a fim de propor o compartilhamento de ideias sobre a Pesca de Pequena Escala e discutir, conjuntamente, caminhos mais justos para os profissionais da pesca e a valorização do pescado, proteína tão aclamada mundialmente pela sua importância para a Segurança Alimentar e Nutricional.
“Acredito que o propósito foi cumprido, pois tivemos uma grande participação de servidores dos Institutos de Pesquisa e demais coordenadorias da Secretaria de Agricultura, entre eles pesquisadores, técnicos e extensionistas, além da participação de profissionais e estudantes de variadas instituições e universidades da federação”, disse a pesquisadora.
Por: Assessoria de Comunicação - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Foto: Divulgação