Notícias
Temperatura nos oceanos aumenta quase 1ºC em 34 anos e prejudica atividade pesqueira
As mudanças climáticas têm uma série de consequências para os oceanos, como o aumento da temperatura, acidificação das águas, elevação do nível do mar e eventos extremos, como secas, inundações e as ressacas do mar, que estão ficando cada vez mais comuns. Quem explica isso é Marcelo Soares, professor do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR), da Universidade Federal do Ceará (UFC).
De acordo com ele, a temperatura dos oceanos ao redor do planeta Terra aumentou 0.9º Celsius nos últimos 34 anos. A expectativa é que aumente 2º C até o final do século, sendo 1,5º até 2050. “A consequência, para a pesca, é que os peixes dependem de ambientes, como o recife de corais, considerado a maternidade dos peixes. O risco é de que 80% dos corais do mundo sejam extintos até 2050, ou seja, estamos eliminando os peixes”, diz.
Soares também ressalta que a mudança de comportamento dos oceanos está alterando o regime de chuvas, refletindo diretamente na agricultura. Ele garante que já é nítida a diferença no Nordeste, chovendo cada vez menos e com chuvas mais concentradas, causando inundação. “O que é péssimo tanto para agricultura quanto para a pesca”, afirma.
A poluição das cidades, as queimadas, a falta de saneamento básico e o alto número de número de embarcações pesqueiras também prejudicam muito o ecossistema marítimo. De acordo com relatório da organização não-governamental WWF, a pesca exacerbada, incluindo determinadas espécies de peixes, também contribui para a degradação da vida marinha.
Reflexos sociais e econômicos
Impactos também estão sendo sentidos nos rios. A salinização dos rios, que deveria ser em torno de 30%, chega a 60%, segundo Soares, o que afeta a reprodução e alimentação dos peixes e, por consequência, a aquicultura. Além disso, outra questão levantada pelo professor da UFC é que a alteração na dinâmica dos oceanos reflete não apenas no meio ambiente, mas também na economia.
“A ressaca do mar leva à erosão de muitas praias. No Ceará, 47% das praias já estão com erosão e isso acontece em todo o país. Até 2100, metade das praias do mundo vai desaparecer e isso afeta muito a pesca, pela infraestrutura ao pescador, o impacto à presença dos turistas, baixa na demanda. Então é um impacto ambiental, social e econômico”, explica Soares.
A fim de amenizar este cenário, ele ainda afirma que em 2021 começará a Década dos Oceanos com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e cerca de 140 países. De acordo com o site World Oceans Day, ativistas ambientais e cientistas têm se unido para proteger, pelo menos, 30% dos oceanos até 2030. As informações são da Revista Globo Rural.
De acordo com ele, a temperatura dos oceanos ao redor do planeta Terra aumentou 0.9º Celsius nos últimos 34 anos. A expectativa é que aumente 2º C até o final do século, sendo 1,5º até 2050. “A consequência, para a pesca, é que os peixes dependem de ambientes, como o recife de corais, considerado a maternidade dos peixes. O risco é de que 80% dos corais do mundo sejam extintos até 2050, ou seja, estamos eliminando os peixes”, diz.
Soares também ressalta que a mudança de comportamento dos oceanos está alterando o regime de chuvas, refletindo diretamente na agricultura. Ele garante que já é nítida a diferença no Nordeste, chovendo cada vez menos e com chuvas mais concentradas, causando inundação. “O que é péssimo tanto para agricultura quanto para a pesca”, afirma.
A poluição das cidades, as queimadas, a falta de saneamento básico e o alto número de número de embarcações pesqueiras também prejudicam muito o ecossistema marítimo. De acordo com relatório da organização não-governamental WWF, a pesca exacerbada, incluindo determinadas espécies de peixes, também contribui para a degradação da vida marinha.
Reflexos sociais e econômicos
Impactos também estão sendo sentidos nos rios. A salinização dos rios, que deveria ser em torno de 30%, chega a 60%, segundo Soares, o que afeta a reprodução e alimentação dos peixes e, por consequência, a aquicultura. Além disso, outra questão levantada pelo professor da UFC é que a alteração na dinâmica dos oceanos reflete não apenas no meio ambiente, mas também na economia.
“A ressaca do mar leva à erosão de muitas praias. No Ceará, 47% das praias já estão com erosão e isso acontece em todo o país. Até 2100, metade das praias do mundo vai desaparecer e isso afeta muito a pesca, pela infraestrutura ao pescador, o impacto à presença dos turistas, baixa na demanda. Então é um impacto ambiental, social e econômico”, explica Soares.
A fim de amenizar este cenário, ele ainda afirma que em 2021 começará a Década dos Oceanos com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e cerca de 140 países. De acordo com o site World Oceans Day, ativistas ambientais e cientistas têm se unido para proteger, pelo menos, 30% dos oceanos até 2030. As informações são da Revista Globo Rural.