O salmão de cultivo da Noruega e outros produtos da aquicultura agora poderão ser exportados para o Brasil, graças a um novo acordo entre a Autoridade Norueguesa de Segurança Alimentar (Mattilsynet) e as autoridades brasileiras.
 
Conforme o acordo, que estabelece as condições para a exportação dos produtos aquícolas da Noruega ao Brasil, desde o dia 15 de setembro a Mattilsynet está autorizada a emitir certificados sanitários para esses produtos destinados ao mercado brasileiro.
 
O certificado abrange todas as espécies e formas de conservação de produtos da aquicultura, desde filés até peixes inteiros e eviscerados, incluindo produtos defumados. No entanto, instalações com suspeita ou confirmação de Vírus da Anemia Infecciosa do Salmão (ISA) ou de Doença Renal Proliferativa (DRP) não poderão exportar seus produtos para o Brasil.
 
“A Autoridade Norueguesa de Segurança Alimentar está trabalhando no acesso ao mercado para frutos do mar e produtos agrícolas noruegueses no exterior. Vários países para os quais a Noruega exporta estabelecem requisitos para segurança alimentar de alimentos e insumos, saúde animal, bem-estar animal, saúde de peixes, bem-estar de peixes e fitossanidade. O Brasil está entre eles. Por meio de negociações, que estão em andamento desde 2021, chegamos a um acordo sobre um certificado para produtos da aquicultura, e isso é gratificante para a indústria norueguesa de frutos do mar”, diz Ingunn Midttun Godal, CEO da Autoridade Norueguesa de Segurança Alimentar.
 
O Brasil é o sexto país mais populoso do mundo, com pouco mais de 200 milhões de habitantes. O País se encontra em crescimento de consumo de frutos do mar e é um dos mercados mais importantes para o salmão de viveiro do Chile.
 
“É importante, para a indústria aquícola norueguesa, que agora tenhamos acesso para vender produtos aquícolas para o mercado brasileiro.  As autoridades norueguesas estão trabalhando continuamente para garantir o acesso ao mercado de frutos do mar para vários e novos mercados. O acesso a mais mercados garante flexibilidade para a indústria de frutos do mar e oferece mais oportunidades de comércio e crescimento”, disse a ministra das Pescas e Assuntos Oceânicos, Marianne Sivertsen Næss.
 
Tradicionalmente, as exportações norueguesas de peixes para o Brasil consistem em peixes salgados e salgados e secos, mas a oportunidade de exportar salmão abre um novo e grande mercado para a indústria aquícola norueguesa. O novo certificado sanitário tem requisitos especiais específicos para os produtos e estão disponíveis no site da Autoridade Norueguesa de Segurança Alimentar.
 
A representação brasileira do Conselho Norueguês de Pesca (CNP) também celebrou o acordo. “O Brasil é um mercado de enorme potencial para frutos do mar, e estamos extremamente satisfeitos em anunciar que, após esforços contínuos de ambos os países, conseguimos abrir esse importante mercado para o salmão norueguês”, destaca Randi Bolstad, diretora do CNP no Brasil.
 
O CNP trabalha com as indústrias norueguesas de pesca e aquicultura para desenvolver mercados para pescado e frutos do mar noruegueses por meio de inteligência de mercado local, desenvolvimento de mercado e gerenciamento de risco de reputação.
 
Com sede em Tromsø, o CNP mantém representantes locais em 12 dos mais importantes mercados internacionais para a Noruega. A indústria norueguesa de pescado e frutos do mar financia as atividades do CNP por meio de uma tarifa sobre todas as exportações norueguesas de pescado e frutos do mar.
 
A Noruega é o maior produtor e exportador de salmão do mundo, com um volume de exportações que corresponde a aproximadamente metade do total global. O acordo possibilita a entrada desse produto líder no mercado brasileiro, que deve receber as primeiras remessas de salmão até o final de 2024.