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O futuro do pescado na alimentação infantil



Você já se questionou como andam seus hábitos alimentares e o quanto eles têm de impacto em sua vida? Ou já ouviu falar de gente que não come peixe por “falta de costume”?

Em resumo, grande parte de nossos hábitos alimentares é formado ainda na infância – logo, com o consumo de pescado, não é diferente. Conquistar o paladar das crianças é um dos caminhos para reverter o atual cenário de baixo consumo per capita de peixes e frutos do mar no Brasil, especialmente quando comparado a países europeus e asiáticos, por exemplo.

No entanto, é muito comum surgir sempre a mesma pergunta: afinal, como inserir o pescado na dieta infantil de forma natural e atrativa? De fato, o universo alimentar das crianças, construído entre experimentações e sinceridade, precisa ser acessado de maneira lúdica e saborosa, trazendo também ao imaginário infantil a importância da saudabilidade e dos benefícios nutricionais dos alimentos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a partir dos 6 meses de vida, uma criança já pode consumir pescado, inicialmente em papinhas salgadas. Os ácidos graxos ômega-3 (gordura poli-insaturada) encontrados em alguns tipos de pescado, são essenciais para o desenvolvimento do sistema nervoso central, da retina e para a prevenção de doenças crônicas desde a infância.

Sendo assim, a introdução de pescado na merenda escolar, utilizando filés sem espinhas, bolinhos em formato de peixinhos, estrelinhas, polvinhos divertidos e almôndegas, é um bom começo para despertar o interesse dos pequenos. No entanto, a influência dos pais na rotina alimentar, incluindo pelo menos uma vez por semana algum tipo de produto à base de proteína de pescado no cardápio, será fundamental para a construção conjunta desse hábito alimentar.

Além disso, o desenvolvimento de novos produtos pela indústria e cortes no varejo que facilitem o preparo e estimulem o interesse de compra dos pais, a inserção de opções de pratos específicos para crianças em restaurantes e ações governamentais que promovam a importância do consumo de pescado desde a idade permitida pelos órgãos de saúde, são medidas que favorecem a visibilidade desse nicho essencial para o crescimento do setor.
 Por   Elane Cristine Correia Santose Luciana Lacerda  -Seafood Brasil 
Foto: Divulgação